Ministro pede errata de decreto sobre militares
Texto retirava poderes das Forças Armadas
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, pediu à Casa Civil, nesta quarta-feira (9), que seja publicada uma errata do decreto presidencial sobre a coordenação de ações internas da carreira militar.
A errata deixará claro que a gestão pessoal militar será subdelegada aos comandantes das três Forças Armadas.
O primeiro decreto, publicado no "Diário Oficial" da União em 4 de setembro, causou polêmica por delegar ao ministro da Defesa, um civil, o poder de decidir sobre questões administrativas das Forças Armadas, como remoção e promoção de pessoal.
Militares viram na decisão uma tentava de tirar poder das Forças, o que Wagner negou com veemência.
A Defesa soltou uma nota na terça (8), após a repercussão negativa da notícia, esclarecendo que o decreto visava apenas atualizar um anterior, de 1999, que ainda considerava como existentes os ministérios da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Agora, com o intuito de encerrar a polêmica, Wagner solicitou que o governo publique uma correção no decreto, prevendo que ele já determine a subdelegação. Ainda assim, o governo editará três portarias, nos próximos dias, reforçando essa transferência.
O governo tenta minimizar o desgaste com as Forças Armadas, já insatisfeitas com a possibilidade de o Gabinete de Segurança Institucional perder o status de ministério.