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Espanha revisa para cima retração econômica de 2009, aponta instituto
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DA FRANCE PRESSE, EM MADRI
O INE (Instituto Nacional de Estatísticas) revisou nesta quarta-feira para cima a extensão da recessão em 2009, calculando uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,7%, ao invés dos 3,6% estimados em fevereiro. O governo, no entanto, confirmou sua previsão de crescimento de 2006 a 2008.
"O crescimento real da economia espanhola em 2009 foi revisado um décimo para cima, de -3,6% a -3,7%", informou o INE em um comunicado, no qual também explica que "os aumentos do PIB dos anos 2006, 2007 e 2008 permanecem inalterados".
O PIB cresceu 4% em 2006, 3,6% em 2007 e 0,9% em 2008.
O INE incorpora em seus cálculos dados dos quais não dispunha há alguns meses, como o estudo industrial anual das empresas, as análises do setor da construção civil e as contas do setor agrícola.
A revisão foi resultado de uma mudança nos dados de exportações, que caíram 11,6% no ano em vez da queda preliminar de 11,5%.
As importações declinaram 17,8%, contra a divulgação anterior de baixa de 17,9%.
DEFICIT
O deficit comercial espanhol aumentou 45,6% em junho na comparação com o mesmo mês de 2009, a 4,711 bilhões de euros (US$ 6,038 bilhões), após um aumento das exportações e das importações.
Em junho, as exportações subiram 16,6% em ritmo anual, a 16,20 bilhões de euros (US$ 20,75 bilhões), enquanto as importações crescera 22,1% na comparação com junho de 2009, a 20,91 bilhões de euros (US$ 26,79 bilhões), informou o Ministério da Indústria, Turismo e Comércio no dia 17 de agosto.
No primeiro semestre de 2010, o deficit comercial subiu 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado, a 26,24 bilhões de euros (US$ 33,62 bilhões).
AJUSTES
A Espanha é uma das economias mais afetadas pela crise na zona do euro. A dívida pública do país supera 65% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, devido especialmente a uma grande bolha imobiliária, iniciada em 2008, e crise de crédito.
O sistema bancário do país é um dos mais questionados pelo Eurogrupo e pelos mercados que fazem pressão que a Espanha reduza o elevado deficit público de 11,2% do PIB (Produto Interno Bruto) e a alta dívida das entidades privadas.
Em maio, o governo espanhol anunciou medidas de ajustes com a intenção de poupar 15 bilhões de euros adicionais entre 2010 e 2011 por meio de uma série de medidas de corte da despesa, entre as quais se destacam a queda dos salários dos funcionários, o congelamento das pensões, a eliminação do cheque bebê e uma redução do investimento público. A população tem reagido às medidas com um série de greves e manifestações.
A Espanha é, atualmente, o país com a maior taxa de desemprego na Europa, com cerca de 20% da população ativa desempregada.
Com informações da Reuters.
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