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Ruanda comemora relatório que perdoa presidente por atentado
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DA EFE, EM JOHANNESBURGO
O governo da Ruanda comemorou o relatório da Justiça francesa que perdoa o atual presidente, Paul Kagame, pelo atentado em 1994 contra o então governante Juvenal Habyarimana, que iniciou o genocídio contra os tutsis.
"Essa notícia confirma a posição que o governo manteve por muito tempo em relação aos eventos de abril de 1994", afirmou a ministra das Relações Exteriores ruandês, Louise Mushikiwabo, em comunicado publicado no site governamental.
"Agora está claro que a queda do avião foi um golpe de Estado feito por extremistas hutus e seus assessores que controlavam o Quartel Kanombe".
O juiz Marc Trévidic informou sobre as conclusões do relatório na terça-feira. O documento perdoa os seguidores do presidente Kagame. Até então, o atual mandatário era considerado organizador do atentado pelo magistrado Jean-Louis Bruguière, que anteriormente era encarregado do caso na França.
O advogado de Kagame, Bernard Maingain, considerou a mudança na posição da Justiça francesa "um momento histórico", em declarações à emissora de rádio France Info nesta quarta-feira.
CASO
Maingain defendeu que havia intenções políticas por parte de Bruguière. Em 2006, o juiz havia lançado uma ordem internacional de detenção contra os responsáveis da FPR (Frente Patriótica Ruandesa, movimento rebelde tutsi vinculado a Kagame).
A atuação de Bruguière levou ao rompimento das relações diplomáticas entre a Ruanda e a França. Mas, após se encarregar da investigação, Trévidic decidiu retomá-la e fazer um exame técnico sobre o assunto, sem arquivá-la como se esperava.
O juiz foi em setembro de 2010 a Kigali acompanhado por especialistas e um piloto do Falcon 50, o avião no qual voava o presidente Habyarimana quando foi atingido perto do aeroporto da capital ruandesa em 6 de abril de 1994.
Os especialistas concluíram que os mísseis foram disparados do campo militar de Kanombe, ocupado por extremistas hutus, e desmentiram a tese de Bruguière, segundo a qual os tiros teriam partido de um monte ao leste do aeroporto de Kigali.
ATAQUE
Habyarimana morreu em 1994 quando retornava a Ruanda em seu avião de uma conferência regional em Arusha, na Tanzânia, onde se comprometeu com a ONU a formar um governo de coalizão para acabar com o conflito de longa data entre hutus e tutsis em seu país.
O avião Falcon 50 no qual Habyarimana voava junto com o presidente do Burundi, Cyprien Ntaryamira, e outros altos funcionários de ambos os governos foi atacado por dois mísseis quando estava prestes a aterrissar no aeroporto de Kigali, controlado por tropas francesas.
Um dos projéteis atingiu o avião, que foi incendiado e caiu nos jardins do palácio presidencial na capital ruandesa, matando todos os que estavam a bordo.
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