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14/04/2012 - 22h40

Embaixador diz que cerco à imprensa na Venezuela é "mito"

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GRACILIANO ROCHA
ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

A ideia de que há um cerco à imprensa independente na Venezuela é um "mito" difundido por opositores do presidente Hugo Chávez, segundo o embaixador da Venezuela em Brasília, Maximilien Arvelaiz.

O diplomata palestrou neste sábado (14) sobre "a democratização da mídia na Venezuela", no 2º Webfor, evento que reúne em Fortaleza ativistas de internet favoráveis ao governo Dilma Rousseff.

"Existem muitos mitos sobre a Venezuela de Chávez, como o que estamos fechando os meios de comunicação privados, mas isso não é verdade", disse Arvelaiz à Folha.

"Em 1998, havia 40 canais de televisão [aberta] na Venezuela, hoje são 111, dos quais 61 são privados. Passamos de 300 rádios para mais de 500, a grande maioria privadas", enumerou.

Questionado pela Folha sobre as pressões do governo contra meios críticos a Hugo Chávez, como no caso da RCTV (Radio Caracas de Televisión) --maior emissora do país que teve sua concessão extinta em 2007--, o embaixador disse que a decisão não foi "política", mas jurídica.

"Havia a determinação da Constituição para haver um canal de serviço público. A concessão da RCTV expirou e a Comissão Nacional de Telecomunicações, que regula o setor, decidiu outorgar a frequência desse canal ao Estado", disse.

Para o embaixador, a decisão foi "constitucional e legítima" e "se politizou depois".

Durante sua palestra, Arvelaiz também relembrou a tentativa de golpe de Estado sofrida há dez anos por Chávez.

O presidente retornou ao poder dois dias depois e logo acusou os principais veículos de comunicação do país de conspirarem para sua queda.

"Uma coisa é ter uma mídia crítica, e em certa medida de oposição; outra é ter uma imprensa que participa ativamente de um golpe", disse o embaixador.

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