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China exige liberação de ativistas presos em ilha dominada por Japão
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo da China exigiu a liberação imediata e incondicional de 14 militantes chineses que foram presos nesta quarta-feira após desembarcar em uma ilha no mar da China Oriental, em protesto contra a dominação japonesa da ilha.
Em conversa com diplomatas japoneses, o chanceler chinês Fu Ying "exige que o Japão garanta a segurança dos cidadãos chineses e libere-os de forma imediata e incondicional". Os ativistas foram acusados de entrar no arquipélago contra as normas de ingresso em território japonês.
Mais cedo, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda disse que o país processará os presos de forma severa e de acordo com as leis locais. Tóquio ainda fez uma reclamação formal ao embaixador chinês na cidade, assim como Pequim o fez com o representante japonês.
De acordo com a agência de notícias Kyodo, o primeiro grupo preso tinha cinco pessoas, que conseguiram chegar a uma das ilhas principais do arquipélago. Os outros nove foram presos pela polícia em uma ilha, incluindo um repórter de um canal de televisão.
Os manifestantes vieram de Hong Kong em um barco pesqueiro para apoiar a reivindicação chinesa sobre as ilhas, conhecidas como Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses. Algum deles chegaram ao território a nado, apesar da segurança.
DESEMBARQUE
A polícia disse que os manifestantes desembarcaram em Uotsurijima, uma das ilhas do arquipélago em disputa, e pretendiam fazer uma ação simbólica nesta quarta-feira, data que marca a rendição japonesa na 2ª Guerra Mundial, em 1945.
O porta-voz dos ativistas, David Ko, afirmou que no mínimo sete conseguiram desembarcar e que cinco foram "detidos para interrogatório." "Os homens carregavam bandeiras chinesas vermelhas e bandeiras de Hong Kong", disse.
Entre o grupo de militantes, estavam nascidos em Hong Kong, Macau e China. Os dois primeiros são territórios que foram incorporados à China na década de 1990, após domínio do Reino Unido e de Portugal, respectivamente.
Administradas pelo Japão, as ilhas são reivindicadas por China e Taiwan. Os terrenos desabitados podem conter combustíveis e são alvos de intensa disputa.
EMBAIXADOR
Na sexta (10), Tóquio retirou seu embaixador na Coreia do Sul após o presidente do país, Lee Myung-bak, visitar um arqupélago que é alvo de disputa entre os dois países. As ilhas teriam depósitos de gás natural congelado, potencialmente valendo bilhões de dólares.
Lee chegou de helicóptero ao pequeno arquipélago, situado no Mar do Japão (Mar do Leste, para a Coreia do Sul), acompanhado dos ministros do Meio Ambiente e da Cultura, informou a televisão japonesa NHK.
A visita é a primeira de um presidente sul-coreano a essas ilhas e suscitou os protestos do Japão, cujo primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, qualificou de "extremamente deplorável" a decisão de Lee.
Autoridades na Coreia do Sul disseram que a visita tinha como objetivo destacar a importância das ilhas como uma reserva natural e não intencionava gerar confusão.
Tóquio considera que a Coreia do Sul tenta usar essa visita para reafirmar sua reivindicada soberania sobre as ilhas, de terreno vulcânico e desabitado, exceto por um destacamento policial sul-coreano presente desde 1954.
A histórica viagem acontece, além disso, dias antes de a Coreia do Sul celebrar o Dia da Libertação do regime imperial japonês, que colonizou o país entre 1910 e 1945.
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