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28/09/2012 - 15h56

Chefe do FMI espera reativação de crédito na Espanha após ajuda

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira esperar que a recapitalização do setor bancário espanhol ajude a reativar os fluxos de crédito e promover o crescimento e a geração de empregos.

Em comunicado, a chefe do fundo comemorou os resultados dos testes de resistência feitas nas instituições bancárias espanholas e considerou um passo importante para a construção de um sistema mais sólido, promovendo a recuperação econômica.

Lagarde comentou o resultado de uma auditoria divulgada hoje, que avaliou as necessidades de capital em € 59,3 bilhões, considerando as fusões em andamento no setor bancário. O estudo revela que metade dos bancos precisará de ajuda.

A avaliação foi proposta pelo FMI em abril prevendo a necessidade de uma ajuda financeira para recapitalizar o sistema financeiro. Lagarde acrescentou que a valorização dos ativos por uma entidade independente e os testes ajudam a estabelecem uma diferença entre os bancos.

PEDIDO

Nesta sexta, o governo espanhol anunciou que pedirá em torno de € 40 bilhões (R$ 104,4 bilhões), dos € 100 bilhões oferecidos por seus sócios europeus, para sanear seus bancos.

"Estaríamos falando de uma cifra em torno de 40 [bilhões de euros]", afirmou sobre o pedido de ajuda à zona do euro, o secretário de Economia do Estado, Fernando Jiménez Latorre, já que uma parte do capital necessário pode vir de outras fontes, como da venda de ativos dos bancos.

Os bancos espanhóis em dificuldades precisam de € 59,3 bilhões para se recapitalizar, depois do estouro da bolha imobiliária de 2008, segundo auditoria realizada pelo escritório norte-americano Oliver Wyman.

O Banco de Espanha (o banco central do país), contudo, destacou que "as necessidades de capital identificadas (...) não representam a cifra final da ajuda pública aos bancos".

"Esta ajuda pode ser significativamente inferior, já que serão determinadas levando-se em conta as medidas previstas nos planos de recapitalização que serão apresentados pelas entidades", informou.

BANKIA

Dos 14 bancos analisados (90% do setor) em um teste de estresse, o resgatado Bankia é o que precisa de maiores injeções de capital, uma quantia estimada em € 24,7 bilhões.

Os outros três bancos mais necessitados de capital são, como era esperado, as outras entidades que sofreram intervenção do Estado: Catalunya Caixa (€ 10,825 bilhões), Novacaixa Galícia (€ 7,176 bilhões) e Banco de Valencia (€ 3,462 bilhões).

Sete dos 14 bancos analisados, entre eles o Santander, BBVA e Caixabank, não precisarão de capital adicional.

REPERCUSSÃO

Algumas das principais autoridades econômicas da Europa e dos organismos internacionais avaliaram positivamente os resultados da auditoria divulgados hoje.

"É reconfortante saber que o deficit de capital total do setor bancário espanhol ficou ligeiramente abaixo dos € 60 bilhões", disse o presidente do Eurogrupo (que reúne os ministros das Finanças da zona do euro), Jean-Claude Juncker.

"A análise mostra que a ajuda financeira acordada em julho [de € 100 bilhões] era mais que adequada para cobrir as necessidades de capital e ainda ter um colchão de segurança confortável", acrescentou.

O Banco Central Europeu divulgou um comunicado em que "apoia fortemente os planos das autoridades espanholas para assegurar que as necessidades de capital [dos bancos] serão atendidas no prazo adequado".

 

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