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Venezuela aguarda resultado de eleição sob tensão; rivais pedem calma
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DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Com os dois lados reivindicando vitória, os venezuelanos aguardam o resultado da eleição presidencial deste domingo. Conforme a lei eleitoral venezuelana, não podem ser divulgadas no país pesquisas de boca de urna. Dois levantamentos vazados à mídia estrangeira, porém, apontam resultados contrários: um com a vitória do presidente de candidato à reeleição, Hugo Chávez, e outro com a vitória de Henrique Capriles.
Também conforme a lei eleitoral daquele país, o órgão responsável pelo pleito, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), não divulga nenhuma prévia da apuração, apenas o resultado final.
Não há nenhuma previsão do horário em que os números serão divulgados.
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Jorge Silva /Reuters | ||
Simpatizante de Hugo Chávez festeja diante do Palácio Miraflores, em Caracas, à espera de resultados de eleição |
Por telefone, o presidente interrompeu a transmissão pela TV de uma entrevista com sua equipe de campanha e pediu ao povo venezuelano que espere pelo resultado da eleição "com calma". "O CNE está trabalhando de forma impecável", disse. "Que ninguém se desespere, que ninguém caia em provocações, nada de atos de violência", pediu.
Repetiu que acatará os resultados, seja qual for.
Por meio de sua conta no site Twitter, Capriles reclamou de atraso na contagem, dizendo que a maioria dos centros de votação não tinha filas. Pela lei venezuelana, as urnas precisam continuar abertas até que vote o último eleitor em fila, ainda que extrapole o horário oficial de 18h (19h30 de Brasília).
Em alguns locais, houve denúncia de fechamento irregular. Houve também falhas em algumas urnas. As de seis centros de votação do município de Bejuma, por exemplo, tiveram de ser substituídas pelo sistema de votação manual devido a uma interrupção no fornecimento de energia elétrica aparentemente provocada por um raio.
Na Venezuela, o sistema de votação é informatizado, similar ao do Brasil.
Há expectativa de que um número recorde de eleitores tenham ido às urnas, podendo ultrapassar a marca história de 70% de comparecimento. A participação alta pode ser uma má notícia para a oposição, já que a abstenção geralmente prejudica o chavismo.
Havia mais de 18,8 milhões de eleitores cadastrados para votar neste domingo.
Com FLÁVIA MARREIRO
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