EUA ficarão no Nafta se 'acordo for justo para todos', afirma Trump

DA ASSOCIATED PRESS

Um dia após reportagens da imprensa americana afirmarem que Donald Trump estaria preparando a saída dos Estados Unidos do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o presidente aceitou renegociar o tratado em vez de abandoná-lo.

Trump escreveu nesta quinta-feira (27) em uma rede social que recebeu ligações de Enrique Peña Nieto, presidente do México, e Justin Trudeau, premiê do Canadá, pedindo a ele que renegociasse os termos do acordo.

"Eu concordei, com a condição de que se não chegarmos a um acordo justo para todos, nós sairemos do Nafta", disse o americano, que afirmou ainda que as "relações são boas" e que um "acordo é muito possível".

Segundo a Casa Branca, o "presidente Trump concordou em não abandonar o Nafta neste momento e os líderes concordaram em proceder rapidamente, de acordo com os procedimentos internos necessários, para possibilitar a renegociação do acordo do Nafta em benefício dos três países".

Desde a campanha presidencial, no ano passado, Trump classifica o Nafta como "o pior acordo de comércio" já assinado pelos EUA. "Ou nós renegociamos o acordo, ou nós o rompemos", disse ele à época.

Logo após a posse, em janeiro, o republicano havia anunciado que começaria a renegociação do acordo com Canadá e México.

Em março, porém, Trump deu sinais de que teria desistido de tratar a questão de maneira drástica.

O Nafta foi criado em 1993 e passou a vigorar em janeiro de 1994, num período em que a formação de blocos de livre-comércio era uma tendência internacional. O objetivo do acordo é reduzir ou eliminar progressivamente barreiras alfandegárias entre EUA, México e Canadá.

O grupo também firmou acordos preferenciais com outros países fora da América do Norte, como o Chile, que usufrui de vantagens no acesso a esses mercados.

Eleito com uma plataforma nacionalista, Trump já retirou os EUA da Parceria Transpacífico, assinada com outros 11 países no governo do democrata Barack Obama.

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