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Novo governo colombiano diz que fará tudo para reatar com Venezuela
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DA FRANCE PRESSE, EM QUITO (EQUADOR)
DE SÃO PAULO
O novo vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, que tomará posse no próximo dia 7, disse nesta quinta-feira que o novo governo fará "todo possível" para restabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela. Mais cedo, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou a ruptura das relações diplomáticas diante das acusações da Colômbia de que abriga guerrilheiros colombianos em seu país.
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"Faremos todo o possível e utilizaremos todos os amigos que temos em diferentes países do mundo e buscaremos todos os mecanismos diplomáticos para melhorar e fortalecer as relações com os países da região, incluindo a venezuela", disse Garzón, que está em visita a Quito, no Equador.
Ao lado do colega equatoriano, Lenín Moreno, Garzón disse ainda que a mensagem "que temos que dar é de unidade, a amizade, a cooperação e paz".
Mais cedo, Chávez disse esperar que o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos não esteja envolvido na atual rixa entre os dois países.
"Espero que o novo presidente não esteja inteirado desta agressão. Espero que tome algumas medidas racionais no assunto porque acredito que já uma loucura desatada no palácio de Nariño", disse Chávez, ao entrar na sede do governo venezuelano, ao lado do técnico da seleção argentina, Diego Maradona.
Durante a campanha eleitoral colombiana, Chávez chegou a alertar que a vitória do ex-ministro de Defesa e sucessor de Uribe podia gerar uma guerra e que seria extremamente difícil restabelecer as relações bilaterais sob seu governo.
Santos, contudo, adotou um discurso de reaproximação e diálogo e chegou a minimizar as acusações de Uribe sobre os vínculos entre Chávez e as Farc. O venezuelano mudou de tom e disse que espera retomar as conversações com o país vizinho depois da posse de Santos. Ele afirmou que não irá na posse por questões de segurança.
IMORAL
Uribe ainda não se pronunciou, mas o embaixador da Colômbia na OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Alfonso Hoyos criticou o rompimento como "um erro histórico" e "imoral".
O embaixador afirmou também que a administração de Uribe usará "todos os mecanismos diplomáticos neste cenário e em todos os que forem necessários" para pressionar o governo da Venezuela em busca de uma revisão internacional das acusações.
Para o diplomata, seria "absolutamente imoral" que a Venezuela rejeite a possibilidade de a comunidade internacional realizar uma inspeção, assim como a imprensa, nas áreas em que estariam os supostos acampamentos das Farc e do ELN.
ACUSAÇÃO
Nesta quinta-feira, em sessão extraordinária da OEA, a Colômbia exibiu fotos, vídeos e testemunhos que provariam a presença de ao menos 87 acampamentos e 1.500 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) protegidos em solo venezuelano.
Hoyos, afirmou que os acampamentos não são novos "e continuam se consolidando". "Não são [apenas] casas. São ao menos 87 estruturas completamente armadas em território venezuelano".
Em resposta às acusações, Chávez afirmou que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, é "mentiroso" e "mafioso". "Se presta a qualquer jogada, é capaz de qualquer coisa e instalou um governo de máfias, triste e lamentavelmente para este povo querido e irmão e para seus vizinhos que somos nós".
Ele afirmou ainda que colocou as fronteiras em "alerta máximo", diante do risco de que o Uribe, "movido por seu ódio contra a Venezuela", opte por uma ação militar contra Caracas, enfatizou o líder venezuelano.
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