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Juíza que bloqueou partes da lei de imigração do Arizona recebe ameaças
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A juíza federal Susan Bolton, que bloqueou parte da polêmica lei de imigração do Estado do Arizona (EUA), foi ameaçada por grupos que se opõem à sua decisão, informaram autoridades nesta quinta-feira.
Juíza bloqueia parte de polêmica lei de imigração no Arizona
Entenda a polêmica sobre a lei de imigração do Estado do Arizona (EUA)
AP/KSAZ-TV FOX 10 |
Imagem de TV mostra a juíza federal Susan Bolton, que bloqueou partes da lei |
O encarregado da segurança do sistema jurídico no Arizona, David Gonzales, disse que Bolton recebeu "milhares" de ligações e emails, alguns positivos e outros negativos, e de gente furiosa com a decisão.
"É gente que está expressando seu descontentamento de uma forma muito perversa", disse Gonzales, sem dar detalhes sobre o conteúdo das mensagens nem dos remetentes. Mas ele afirmou que algumas das mensagens são suficientemente sérias e as autoridades estão atentas.
A juíza americana Susan Bolton bloqueou nesta quarta-feira as partes mais controversas da polêmica lei de imigração aprovada em abril passado no Estado americano do Arizona. A lei entra em vigor nesta quinta-feira, mas sem as partes questionadas pela juíza.
A juíza bloqueou a parte da lei que obriga a polícia a determinar o status imigratório de suspeitos detidos ou presos por quaisquer crimes.
Ela também vetou a seção da lei que exige que os imigrantes carreguem seus documentos todo o tempo e o artigo que tornou ilegal que trabalhadores sem a documentação legal procurem emprego em departamentos públicos.
Bolton explicou que as seções controversas serão suspensas até que a corte resolva o assunto, após a avaliação de todos os processos apresentados contra a lei. Daí sim a juíza entrega decisão de veto aos artigos que definir impróprios.
RECURSO
O Arizona apelou nesta quinta-feira da decisão judicial que bloqueia algumas partes da lei de imigração. A governadora do Estado americano, Jan Brewer, qualificou a decisão tomada ontem pela juíza Susan Bolton de um "obstáculo na estrada", e apelou da medida à 9ª Corte de Apelação de São Francisco.
Enquanto isso, centenas de manifestantes tomam as ruas de Phoenix e de outras cidades dos Estados Unidos --entre elas Nova York-- para protestar contra a lei.
Segundo o site de notícias do Arizona AZCentral, a polícia antidistúrbio estava nas ruas a partir das 10h (14h em Brasília), em formação de corrente e com dezenas de furgões --em antecipação às prisões.
O site diz que uma mulher foi presa por desobediência após ser acusada de empurrar um oficial na Praça Cesar Chavez. Outras três pessoas foram presas do lado de fora da Corte de Phoenix --o ex-legislador estadual Alfredo Gutierrez e dois outros ativistas identificados como Dan O'Neal e Doris Perez.
Os manifestantes, relata o site, bloqueavam algumas ruas --apesar da presença de policiais em todas as esquinas.
Eles chegaram a se reunir na frente do escritório do xerife do Condado de Maricopa, Joe Arpaio, onde gritavam "Xerife Joe, nós estamos aqui. Não viveremos com medo".
OPERAÇÕES
Nesta quarta-feira, Arpaio afirmou que continuará a promover batidas contra imigrantes ilegais apesar da sentença judicial federal que bloqueia parte da lei que criminaliza a imigração irregular no Estado.
Arpaio disse que seus agentes realizarão hoje a 17ª operação para a "supressão do crime" desde março de 2008, sem se importar com a sentença federal.
Segundo o gabinete do xerife, as últimas 16 operações detiveram quase mil imigrantes, dos quais 600 estavam em situação ilegal. Desde o final de 2006, segundo ele, as operações policiais detiveram 40 mil imigrantes ilegais.
Arpaio disse que conta com 800 agentes capacitados pelo Departamento de Segurança Nacional americano, três mil voluntários e dois mil oficiais nos centros de detenções.
"A juíza (Susan Bolton) emitiu sua sentença, mas não vai afetar nossas operações. Nada mudou em nossa luta contra a imigração ilegal", disse Arpaio durante uma movimentada entrevista coletiva em seu gabinete em Phoenix.
Ele disse ainda que os protestos serão "uma boa prova" da eficácia da sentença e que seria "surpreendente se (os imigrantes ilegais) comparecerem com semelhante publicidade".
OUTRAS CIDADES
Em Nova York, cerca de 300 de imigrantes foram às ruas perto da Corte Federal de Manhattan.
O membro da Assembleia de Nova York, Jumaane Williams -- que é americano de origem caribenha de primeira-geração-- disse à multidão: "Nós ganhamos uma batalha árdua no Arizona, e temos que continuar com a batalha".
Em Los Angeles, cerca de 200 manifestantes tomaram uma movimentada esquina a oeste do centro da cidade.
Policiais fecharam a interseção do Wilshire Boulevard com a Highland Avenue e desviou o tráfego depois que manifestantes bloquearam a rua e se sentaram sobre o asfalto.
Segundo a polícia, ninguém foi preso durante o protesto.
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