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06/08/2010 - 12h04

Chuvas deixam 4,5 milhões de desabrigados no Paquistão, diz ONU

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As devastadoras inundações que afetam o Paquistão deixaram mais de 4,5 milhões de desabrigados, segundo um novo balanço da ONU (Organização das Nações Unidas). A organização pede ainda 91 milhões de euros (R$ 212 milhões) para vencer as "carências impressionantes" dos afetados.

"A Agência de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU calcula globalmente em 4,5 milhões de pessoas os desabrigados pelas inundações" que atingem o Paquistão há uma semana, indicou uma porta-voz das Nações Unidas em Genebra, Elena Ponomareva.

K.M.Chaudary/AP
Voluntários resgatam senhora em área atingida por enchentes no centro do Paquistão
Voluntários resgatam senhora em área atingida por enchentes no centro do Paquistão

A ONU pediu ainda à comunidade internacional mais de 91 milhões de euros para oferecer assistência humanitária urgente aos afetados.

"Paquistão enfrenta às piores inundações dos últimos 80 anos, situação de emergência que continua devido às fortes chuvas de agosto", disse hoje em Genebra Marco Jiménez, porta-voz do Unicef, uma das agências da ONU que pediu à comunidade internacional destinar recursos a esse país asiático.

Assim, a Unicef reivindicou 35,9 milhões de euros (R$ 83,9 milhões), o Programa Alimentar Mundial (PAM) pediu 48 milhões de euros (R$ 113 milhões) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) demandou 15 milhões de euros (R$ 35 milhões).

As enchentes mataram mais de 1.600 e já s espalharam pela Província de Sindh. As águas continuam subindo e ameaçam causar mais danos no Paquistão. Até mesmo a vizinha Índia já registra vítimas da destruição trazida pelas fortes chuvas de monção, que devem seguir até fim de agosto.

"As chuvas de monções continuam a cair e pelo menos 11 distritos estão sob risco de inundação em Sindh, onde mais de 500 mil pessoas foram realocadas para lugares mais seguros. A remoção ainda continua, com base em alertas do Departamento Meteorológico", afirmou o escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários.

K.M.Chaudary/AP
Paquistanês carrega bode nas costas para fugir de inundação na vila de Mehmud Kot, no centro do Paquistão
Paquistanês carrega bode nas costas para fugir de inundação na vila de Mehmud Kot, no centro do Paquistão

As inundações também destruíram áreas de produção agrícola, base da economia paquistanesa, e ameaçam criar uma crise alimentar.

Elas varreram o país, do noroeste ao cinturão agrícola da Província de Punjab e para Sindh --cobrindo pontes, estradas e deixando vilas submersas em um rastro de mil quilômetros. Mais chuvas devem atingir as áreas rurais de Sindh nesta sexta-feira e sábado.

Embora as autoridades tenham conseguido retirar centenas de milhares de moradores isolados, a distribuição dos suprimentos de emergência ainda não está chegando a todos os lugares. O estoque de comida está se tornando uma preocupação em algumas áreas e as condições sanitárias aumentam temor de doenças.

 

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