Corte do Peru revoga liberdade de americana condenada por terrorismo

Uma corte do Peru revogou nesta quarta-feira a liberdade condicional da ativista americana Lori Berenson, condenada por terrorismo, e ordenou que ela seja presa e enviada de volta à prisão para cumprir os últimos cinco anos de sua sentença.

Berenson foi condenada em 1995 a 20 anos de prisão por terrorismo ao auxiliar rebeldes de esquerda no Peru. Ela recebeu o benefício de liberdade condicional no dia 27 de maio, com a obrigação de cumprir os cinco anos restante de sua pena em um apartamento alugado em Lima.

O vice-ministro de Justiça, Luis Marill, disse que Berenson deve ser presa nas próximas horas. Segundo ele, a decisão da corte anulou sentença anterior de maio que garantia a liberdade condicional da americana.

Os promotores argumentam que a liberdade condicional foi decidida com base em erros.

Berenson, 40, argumentou que ela não impõe nenhum risco para a sociedade e deveria permanecer livre.

A americana chegou a pedir ao governo do Peru a comutação do resto da condenação para que possa ser expulsa para os Estados Unidos. Lori enviou uma carta pedindo desculpas ao povo do país e solicitando o perdão da Presidência.

A americana foi condenada como cúmplice do grupo armado Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), por participar dos planos de atacar o Congresso Nacional no fim de 1995. O MRTA foi um dos grupos de esquerda que, junto ao Sendero Luminoso, atuou no país nos anos 1980 e 1990.