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Berlusconi pede retorno dos dissidentes e diz que aceitará eleições em 2010
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DE SÃO PAULO
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, alertou nesta sexta-feira os dissidentes de seu partido Povo da Liberdade que voltem a apoiá-lo no Parlamento ou se preparem para eleições antecipadas já em dezembro deste ano.
Apesar de caber ao presidente italiano definir se haverá eleições antecipadas (e Giorgio Napolitano já rejeitou a ideia), Berlusconi deixou claro em reunião partidária nesta sexta-feira que vai renunciar do governo não obtiver apoio a suas medidas no Parlamento.
Pela Constituição, em caso de queda do governo o presidente deve tentar encontrar uma maioria alternativa para governar até a próxima eleição, prevista para 2013.
Os boatos de um pleito antecipado ganharam força desde que um dos maiores aliados de Berlusconi, Gianfranco Fini, presidente da Câmara dos Deputados, criou um novo partido e levou com ele vários dissidentes da coalizão de direita.
"Se não contarmos com o apoio da maioria [do Parlamento] não resta outra alternativa a não ser aceitar as eleições, porque passar desse prazo repercutiria negativamente sobre o país", declarou Berlusconi, no fim de uma longa reunião de mais de seis horas com dirigentes do Povo da Liberdade.
RACHA
Fini, presidente da Aliança Nacional (surgida do antigo partido neofascista MSI), entrou em 1994 para a coalizão de Berlusconi e ambos fundaram, em março de 2009, o PdL, o grande partido destinado a reunir a direita italiana.
Há meses, Fini começou a discordar publicamente do governo Berlusconi e, recentemente, afirmou que todos os políticos processados deveriam renunciar. Três ministros nesta situação acabaram abandonando o governo.
Fini também contribuiu para modificar um polêmico projeto de lei destinado a limitar as escutas telefônicas legais, contrariando Berlusconi diretamente.
Após sua saída, Fini criou um novo partido --Azione Nazionale (AN)-- com 33 deputados do PdL, o suficiente para tirar a maioria que o governo tem na Casa, e dez senadores, o que reduziria a maioria governista no Senado para apenas duas cadeiras de vantagem.
Berlusconi acusou Fini de ser um traidor e conspirador e tentar levar o partido a uma lenta morte e pediu que deixe a Presidência da Câmara de Deputados.
O PdL emitiu um comunicado duro condenando Fini e dizendo que suas ações e comentários não mais refletiam os ideais do partido. O ex-aliado respondeu que a Presidência da Câmara "não está a disposição" do primeiro-ministro.
Depois da ruptura em julho passado, reina um clima de incerteza política na Itália, o que abalou a imagem do magnata chefe de governo, defensor até agora da estabilidade.
O verdadeiro teste provavelmente se dará em setembro, quando Berlusconi pretende convocar um voto de confiança na plataforma de quatro pontos. Seus aliados já disseram que, se ele não conseguir apoio parlamentar suficiente para a plataforma, Berlusconi irá renunciar.
COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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