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Eleição antecipada afetaria economia italiana, diz presidente
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DA REUTERS, EM ROMA (ITÁLIA)
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, deixou claro nesta sexta-feira que, apesar das profundas divisões na atual coalizão de governo, tentará evitar a convocação de eleições antecipadas diante do dano que poderia causar à economia.
Como único com poder para dissolver o Parlamento e convocar as eleições, Napolitano antecipa um conflito com o primeiro-ministro Silvio Berlusconi --que já declarou preferir antecipar as eleições de 2013 a ficar em um governo sob racha interno e sem maioria.
O Partido Povo da Liberdade, de Berlusconi, sofreu um racha com a saída do ex-aliado e presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, que criou um novo partido com 33 deputados do PdL, o suficiente para tirar a maioria que o governo tem na Casa, e dez senadores, o que reduziria a maioria governista no Senado para apenas duas cadeiras de vantagem.
Numa rara entrevista ao jornal esquerdista "Unita", Napolitano, 85, disse que os recentes sinais de recuperação econômica precisam ser consolidados e fortalecidos com políticas adequadas. "Ao invés disso, se rumarmos para um vazio político e para uma disputa eleitoral acirrada, pergunto quais seriam as consequências para o país".
Berlusconi e o presidente, um ex-comunista, têm habitualmente relações tensas. Na entrevista, Napolitano pareceu tomar partido de Fini.
Napolitano disse que, se o governo cair, irá "dar todos os passos que a Constituição exige", num claro sinal de que não cederá às pressões para dissolver o Parlamento.
Pela Constituição, em caso de queda do governo o presidente deve tentar encontrar uma maioria alternativa para governar até a próxima eleição, prevista para 2013.
Analistas dizem que, se as eleições forem antecipadas, Berlusconi deve vencer. A Liga Norte, principal partido aliado do premiê conservador, também deseja antecipar a votação.
Fini tem sido alvo de ataques de veículos de comunicação ligados a Berlusconi. O "Il Giornale", pertencente ao irmão do premiê, vem publicando um abaixo-assinado pela renúncia dele do cargo de presidente da Câmara dos Deputados.
Napolitano disse que os ataques são inaceitáveis. "É hora de acabar com uma campanha gravemente desestabilizadora para deslegitimar o presidente de uma das Casas do Parlamento", afirmou.
O conflito entre Berlusconi e Fini provavelmente terá um desenlace no mês que vem, quando Berlusconi pretende pedir um voto de confiança do Parlamento a respeito de uma série de políticas públicas. Ele terá de renunciar se não conseguir suficientes votos no Parlamento.
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