Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/08/2010 - 09h21

Polícia entra em ônibus onde ex-agente mantém dez turistas reféns nas Filipinas

Publicidade

DE SÃO PAULO

Atualizado às 09h25.

A polícia de Manila, nas Filipinas, entrou no ônibus onde um ex-agente mantém dez turistas reféns há mais de onze horas. Os policiais abriram a porta de emergência do veículo e entraram com escudos de proteção, após furar os pneus para impedir o deslocamento do ônibus.

A polícia confirmou que o sequestrador, o ex-policial, Rolando Mendoza, 55, disparou seu fuzil M-16. Segundo a rede de TV americana CNN, há feridos.

As janelas estão fechadas com cortinas e não é possível ver o que acontece dentro do ônibus de turismo. É possível ouvir, contudo, som similares a disparos.

Mendoza libertou nove dos 25 turistas que fez de reféns. O motorista do ônibus conseguiu escapar, ainda em circunstâncias não esclarecidas. O ex-policial, que foi demitido, exige que seja reintegrado à polícia para libertar os demais turistas, a maioria de Hong Kong, na China.

Em declarações a uma rádio local, o ex-policial ameaçou matar os reféns caso as forças de segurança se aproximassem. "Estou vendo muitos Swat (comando de intervenção). Sei que querem me matar. Todos têm que ir, senão farei o mesmo aqui a qualquer momento", disse.

O sequestrador fez sinal para o ônibus parar no ponto histórico de Intramuros e depois declarou o sequestro quando o veículo chegou no Parque Jose Rizal, aproximadamente às 9h (22h deste domingo em Brasília). Ele entrou no ônibus com seu uniforme de polícia e armado com um fuzil automático M-16 e outras armas de menor porte.

Ele exige seu emprego de volta, um ano após ser demitido, segundo o chefe de polícia Rodolfo Magtibay. Ele quer ainda conversar com a imprensa filipina e pediu que seu filho, também policial, seja levado ao local. Os pedidos foram escritos em pedaços de papel e colados nas janelas dos ônibus.

Segundo relatos dos jornais locais, em 2008, ele estava entre os cinco policiais acusados de roubo, extorsão e ameaças contra um chef de um hotel de Manila. O chef prestou queixa dizendo que os policiais estavam tentando extorquí-lo com ameaças de acusá-lo de usar drogas.

Gregório, irmão mais novo de Mendoza e também policial, disse que ele se sentiu injustiçado quando foi demitido. "Ele ficou desapontado que fazia um bom trabalho na polícia, mas foi demitido por um crime que não fez".

Horas depois de controlar o ônibus, ele libertou duas mulheres, três crianças, um homem que sofre de diabetes e três filipinos --incluindo um guia turístico e um fotógrafo. O motorista do ônibus continua dentro do veículo com 15 turistas.

"Ele libertou as crianças, os idosos e um doente. Ele está mostrando sinais de bondade e eu acho que isto será resolvido de maneira pacífica", disse Fidel Posadas, vice-diretor de operações da polícia.

A polícia trouxe comida para os reféns, assim como combustível para que o ar-condicionado possa continuar funcionando, com temperatura chegando a 32 graus Celsius do lado de fora.

A gerente da agência de viagens Hong Thai Travel Services Ltd., Susanna Lau, disse que o grupo deixou Hong Kong em 20 de agosto para visitar Manila e deveria voltar à China nesta segunda-feira. Segundo Lau, havia um guia turístico de Hong Kong e 20 turistas do território --três crianças e 17 adultos-- no ônibus.

Segundo o irmão de Mendoza, Florencia, um representante da empresa de ônibus falou com Mendoza pelo celular e prometeu rever seu caso.

Segundo Magtibay, um outro irmão do ex-policial está ajudando nas negociações.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página