Publicidade
Publicidade
Polarizada, Venezuela começa campanha legislativa
Publicidade
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
Começa hoje na Venezuela a campanha para as eleições legislativas de 26 de setembro nas quais a oposição a Hugo Chávez usará a recessão econômica, os índices de violência e um dos maiores escândalos de corrupção do governo esquerdista para tentar pelo menos abalar a supremacia chavista na Assembleia Nacional.
No mês que vem estarão em jogo as 165 cadeiras do Parlamento unicameral, dominadas pelos governistas desde 2005, quando os opositores de Chávez decidiram boicotar o pleito.
As pesquisas de opinião indicam que os eleitores venezuelanos querem uma assembleia multicor, e não a apenas "vermelha, vermelhinha" de agora, que aprovou faculdades extraordinárias para Chávez e mais de 150 leis para "avançar na transição ao socialismo".
Mas apesar da crise e do desejo de "pluralidade", por ora, a tarefa da oposição não parece nada fácil.
Chávez, segundo pesquisa Datanalisis de julho, tem 47% de aprovação e promove com caixa e meios de comunicação estatais o poderoso PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela).
Os opositores se uniram na chamada Mesa de Unidade (MUD), têm espaço também exclusivo nos jornais opositores e na oposicionista Globovisión, mas povoaram suas fileiras com muitos políticos da era pré-Chávez, de pouco apelo com os cruciais "ni-ni" (nem-nem), que não se definem como favoráveis ou contrários ao presidente, e com "governistas light", que, insatisfeitos, ainda preferem não declarar apoio.
Uma das exceções na MUD é Stalin González, 29, que ganhou projeção como líder estudantil nos protestos contra a não renovação da concessão do canal RCTV em 2007.
"Em 2008 conseguimos 30% dos votos e de lá para cá avançamos. Tenho certeza que ganharemos no voto nacional", diz.
De acordo com as pesquisas disponíveis, as forças fora do chavismo podem até ganhar a maioria do voto nacional, mas têm de crescer em 21 circuitos específicos neste mês se querem ameaçar a maioria governista.
O motivo é que os seis Estados em que a oposição ou é majoritária ou disputa cabeça a cabeça somam 52% do eleitorado. Essas áreas correspondem, no entanto, a 38% da Assembleia.
Além da MUD, concorrerão os dissidentes do chavismo do PPT (Pátria para Todos), que correrão por fora nas eleições legislativas oferecendo uma alternativa à polarização com uma proposta centro-esquerdista.
+ Notícias sobre a Venezuela
- Jovens são principais vítimas da violência na maior favela de Caracas; ouça correspondente
- Chávez diz que visita de chanceler colombiana ajudou a restabelecer relações
- Venezuela vive explosão de sequestros
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice