Colonos judeus pressionam Israel por retomada da construção em assentamentos

O conselho de assentamentos judaicos na Cisjordânia retomou nesta segunda-feira uma campanha para que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, cumpra sua promessa de encerrar o congelamento temporário das construções nas colônias. A retomada vem dois dias antes do encontro entre Netanyahu e o líder palestino, Mahmoud Abbas, para a retomada do diálogo direto de paz, suspensos desde dezembro de 2008.

Os anúncios, que aparecem nos principais jornais, lembra as promessas tanto de Netanyahu em dezembro do ano passado, como a de outros ministros ao longo do ano, que o congelamento de dez meses declarado por Israel é único e improrrogável quando chegar a seu fim, no dia 26 de setembro.

Lançada pela primeira vez em julho pelo chamado Conselho da Judéia, Samaria e Gaza, ou "Conselho de Yesha", os anúncios são apoiados há semanas por gigantescos cartazes nos principais cruzamentos e ruas de Israel, exortando o público a exigir de seus políticos que cumpram suas promessas.

Netanyahu não tem intenção de anunciar a continuação da moratória, mas não se descarta que continue em silêncio para evitar mal-estar com os Estados Unidos --que atuam como mediadores da nova fase de diálogo de paz e que veem nas construções em territórios ocupados um dos maiores obstáculos a um acordo.

Os projetos de construção em território ocupado dependem da aprovação do Ministério da Defesa, que está nas mãos do dirigente trabalhista Ehud Barak.

Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), advertiu na noite deste domingo a Israel que não construa nos assentamentos se quer que as negociações de paz do próximo dia 1º em Washington cheguem a um bom termo.