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01/09/2010 - 07h39

Justiça sueca reabre investigação de estupro contra fundador do WikiLeaks

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Justiça sueca anunciou nesta quarta-feira que reabrirá a investigação sobre uma acusação de estupro contra Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, site especializado no vazamento de documentos confidenciais.

Em um imbróglio judicial, a decisão desta quarta-feira reverte sentença da procuradora-geral em Estocolmo, Eva Finné, que fechou o caso de estupro pro falta de indícios, mantendo apenas uma denúncia, por outra vítima, de assédio. Finné, por sua vez, havia revertido a decisão de uma instância inferior de investigar a denúncia.

O caso chegou a render uma ordem de prisão contra Assange no último dia 21, retirada pouco depois.

"Há razões para acreditar que foi cometido um crime. Segundo as informações disponíveis atualmente, meu critério é que a qualificação deste crime é estupro", afirmou a diretora da promotoria, Marianne Ny, em um comunicado.

Assange nega ambas as acusações e diz que as denúncias são uma tática do Pentágono para desmerecer seu site, uma espécie de Wikipedia de documentos vazados, que causou polêmica ao publicar mais de 91 mil páginas de documentos militares secretos sobre a guerra do Afeganistão.

Ele foi interrogado pela polícia sueca nesta terça-feira na investigação preliminar do caso de assédio, segundo o jornal sueco "Aftonbladet".

O advogado de Assange, Leif Silbersky, confirmou ao jornal que seu cliente prestou depoimento em uma delegacia de Estocolmo, mas não deu mais informações por conta do segredo de Justiça, o mesmo motivo usado pela Promotoria para não confirmar se aconteceu o interrogatório.

A legislação sueca define uma grande lista de ofensas sob o título de assédio, incluindo contato físico inapropriado com outro adulto ou alguém que importune ou incomode uma pessoa. A pena máxima prevista é de um ano de prisão, embora a punição mais comum seja uma multa.

Segundo o "Aftonbladet", a Justiça investiga denúncia de que Assange teria rompido conscientemente um preservativo quando manteve relações sexuais com uma mulher.

O australiano Assange chegou ao país há duas semanas para participar de um seminário em Estocolmo e dar várias conferências --período no qual os suposto crimes teriam ocorrido. Ele está hospedado na casa de um amigo no norte da Suécia.

O advogado de Assange, Leif Silbersky, criticou a forma como a Promotoria cuidou do caso, incluindo a ampla divulgação do nome de Assange.

O caso, que despertou atenção internacional, ficou reduzido a uma suspeita por um delito menor, que normalmente é punido com uma multa.

 

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