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01/09/2010 - 09h21

Papa salienta presença feminina em ações da Igreja na Ásia

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DA ANSA, EM CASTEL GANDOLFO (ITÁLIA)

O papa Bento 16 expressou sua vontade de que as mulheres se comprometam cada vez mais com as manifestações promovidas pela Igreja, ao mesmo tempo em que destacou o trabalho dos laicos católicos na Ásia.

O pontífice falou durante a audiência geral desta quarta-feira --realizada na residência papal de Castel Gandolfo, onde ele passa férias--, à qual compareceram mais de 5.000 pessoas de várias partes do mundo.

Recordando Santa Hildegarda de Bingen, religiosa beneditina alemã que viveu no século 12, o chefe de Estado do Vaticano pediu que seu exemplo "também nos nossos tempos suscite em tantas mulheres o desejo de empenhar seu gênio na obra apostólica da Igreja".

O pronunciamento é feito após o início de uma campanha no Reino Unido, onde o papa estará entre 16 e 19 de setembro, que pede a autorização para a ordenação sacerdotal de mulheres -- mudança à qual o Santo Padre se opõe com veemência.

Em relação ao ano de nascimento da santa, 1098, Bento 16 citou a Carta Apostólica Mulieris dignitatem, publicada em 1998 por João Paulo 2º e que versa sobre a dignidade e a vocação da mulher. Para o atual pontífice, na Idade Média "algumas figuras femininas representam a santidade da vida e a riqueza do ensinamento".

O líder máximo da Igreja Católica também pediu para que "a pessoa depositária de dons sobrenaturais não se venda nunca, não os ostente e, sobretudo, mostre total obediência à autoridade eclesiástica".

"Qualquer dom distribuído pelo Espírito Santo é destinado à edificação da Igreja e a Igreja, através de seus pastores, reconhece sua autenticidade", declarou ele, acrescentando que é "o sigilo de uma experiência autêntica do Espírito Santo, fonte de todo o carisma".

Lembrando o "prestígio espiritual" do qual gozava Santa Hildegarda, chamada de "profetisa da Alemanha", o Pontífice falou ainda das diversas qualidades espirituais e culturais da religiosa que viveu, "também naquele tempo", em uma época difícil para a Igreja, "ferida por pecados de sacerdotes e laicos".

PEDOFILIA

As palavras de Bento 16 aludiriam aos escândalos de pedofilia cujas denúncias se intensificaram a partir do segundo semestre de 2009 e desataram uma grave crise na instituição, atingindo o clero de países como os Estados Unidos, a Irlanda, a Itália, o Brasil e a própria Alemanha -- terra natal de Joseph Ratzinger.

Ainda nesta quarta-feira, em uma mensagem aos participantes do Congresso de Leigos Católicos na Ásia, promovido pelo Conselho Pontifício para os Leigos de ontem até o próximo domingo (5) em Seul, na Coreia do Sul, o papa afirmou que para estas pessoas atualmente se abrem "vastos horizontes de missão".

Segundo ele, são levados "seus exemplos de amor matrimonial e vida familiar cristã, sua defesa da vida da concepção à morte natural, seu empenho pelos pobres e oprimidos, seu testemunho de perdão ao inimigo e aos perseguidores, seu exemplo de justiça, verdade e solidariedade no lugar de trabalho e sua presença na vida pública".

Os católicos na Ásia são chamados "a uma grande missão": "testemunhar Jesus Cristo, o salvador universal da humanidade. Este é o serviço supremo e o maior dom que a Igreja pode oferecer à população da Ásia, e espero que a atual conferência encoraje e enderece este sagrado mandato", acrescentou o Pontífice.

"O número crescente de laicos formados, comprometidos e entusiastas é um sinal da imensa esperança para o futuro da Igreja na Ásia", acrescentou Bento 16, reconhecendo o trabalho de "muitos catequistas que levam a riqueza da fé católica a jovens e velhos, indivíduos, famílias e comunidades paroquiais", além de associações e movimentos eclesiais.

 

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