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13/09/2010 - 13h20

Família de americana presa no Irã apela de fiança de R$ 860 mil

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DE SÃO PAULO

O advogado da americana Sarah Shourd, presa há mais de um ano no Irã sob suspeita de espionagem, afirmou nesta segunda-feira que a família está apelando do valor de US$ 500 mil (R$ 860 mil) estipulado para sua fiança, já que não podem pagar o valor.

Masoud Shafiei afirmou à Associated Press que os diplomatas suíços, que cuidam dos assuntos americanos no Irã, também pediram às autoridades iranianas que desistissem da fiança ou ao menos reduzissem o valor. Shafiei disse ainda que a família de Shourd está enfrentando dificuldades para conseguir o dinheiro.

O advogado afirmou que não há novidade sobre a libertação de Shourd, prevista para acontecer entre ontem e hoje.

O promotor iraniano Abbas Jafari Dolatabadi afirmou neste domingo que Shourd será libertada assim que o valor da fiança for pago e poderá voltar aos Estados Unidos. Dolatabadi disse na televisão estatal que ela deverá, contudo, comparecer a corte durante os trâmites de seu julgamento, ainda não iniciado.

Sarah, 31 anos, foi detida junto a outros dois americanos Shane Bauer e Josh Fattal, ambos de 27 anos, em 31 de julho de 2009, quando o grupo aparentemente fazia caminhada no Curdistão iraquiano e entrou por engano em território iraniano. As autoridades iranianas os acusaram de espionagem, enquanto eles garantem ser turistas que entraram no Irã sem intenção. O promotor disse que os outros dois americanos permanecerão na cadeia.

Shafie disse na véspera que os americanos foram à corte e apresentaram suas defesas finais. Segundo autoridades iranianas, citadas pela agência de notícias Associated Press, a promotoria apresentou indiciamento sob acusações de espionagem e o caso deve ir agora a julgamento.

Sarah permanece em prisão solitária. Sua família alega que as autoridades iranianas negam tratamento para seus problemas de saúde, incluindo células cervicais pré-cancerígenas e um nódulo no seio.

O ministro de Inteligência, Haidar Moslehi, disse no mês passado que há provas de que os três americanos têm vínculos com os serviços de inteligência dos Estados Unidos. Ele disse ainda que as investigações sobre a acusação de espionagem vão ser encerradas logo. Sob a lei islâmica, eles podem ser condenados à morte.

As mães dos três detidos protestaram no último dia 30 de julho na sede da Missão de Teerã perante a ONU (Organização das Nações Unidas) para exigir a libertação de seus filhos após um ano de detenção. Elas afirmaram que não tiveram nenhum contato com seus filhos depois da visita que o governo iraniano permitiu que realizassem a Teerã em maio, quando estiveram com eles pela primeira vez desde sua detenção.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, o general James Jones, colocou recentemente a libertação dos turistas como uma das condições para que possa acontecer uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

 

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