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20/09/2010 - 09h18

Afeganistão diz ser muito cedo para avaliar eleição parlamentar

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DA REUTERS, EM CABUL (AFEGANISTÃO)

O porta-voz do presidente afegão, Hamid Karzai, disse nesta segunda-feira que ainda é muito cedo para avaliar a integridade da eleição parlamentar de sábado passado (18), marcada por relatos de fraude, baixo comparecimento e ataques do grupo islâmico Taleban por todo o país.

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Cerca de 11,4 milhões de eleitores podiam votar nestas eleições parlamentares, a segunda desde a invasão americana em 2001. A lista de candidatos reunia 2.500 nomes na disputa por 249 cadeiras da Câmara Baixa do Parlamento.

Gemunu Amarasinghe/AP
Funcionários eleitorais descarregam urnas de um caminhão em Cabul, capital do Afeganistão; muito cedo para avaliar o pleito
Funcionários eleitorais descarregam urnas de um caminhão em Cabul, capital do Afeganistão; muito cedo para avaliar

"É muito cedo para fazer um julgamento concreto sobre a qualidade da eleição e sua organização", disse Waheed Omer, em uma entrevista a jornalistas.

No domingo, Staffan de Mistura, enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) ao país, afirmou ser cedo demais para declarar as eleições como um sucesso, como se apresaram em fazer algumas autoridades afegãs no próprio sábado.

Os resultados destas eleições estão sendo aguardados com ansiedade por Washington, às vésperas da revisão da estratégia de guerra em dezembro próximo, que deve examinar o ritmo e a escala para a retirada das tropas americanas em 2011.

Uma eleição fraudulenta pode pesar ainda nas eleições legislativas americanas, em novembro próximo, diante da queda do apoio público ao conflito e do aumento de mais de 50% no número de ataques no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2009.

A Comissão de Queixas Eleitorais disse nesta segunda-feira que já recebeu mais de 700 queixas e estima que o saldo chegue a 3.000 nos próximos dias.

A Fundação do Afeganistão por Eleições Livres e Justas pediu que os casos de fraude, intimidação e violência sejam tratados pela Justiça. "Nós vimos mais de 300 casos de intimidação perpetrados pelos senhores da guerra, aqueles ligados a grupos armados ilegais", disse o presidente da fundação Nader Nadery.

Além das ameaças, tentativas de fraude também preocupam as autoridades, com relatos de compra de votos, votos repetidos, mais votos que eleitores e outras irregularidades.

Os ataques e fraudes especialmente depois do fracasso da eleição presidencial de 2009, tiveram efeito direto no comparecimento. A Comissão ELeitoral Independente afirmou que 3,6 milhões foram às urnas, o que pode resultar na menor participação desde a primeira votação, em 2004.

 

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