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05/10/2010 - 03h01

Chávez nega qualquer vínculo de seu governo com o ETA

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DA EFE

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, negou em comunicado nesta segunda-feira (4) qualquer vínculo com a organização terrorista ETA e diz que não se pode dar crédito a declarações de "dois criminosos sanguinários" do grupo.

Em conversa telefônica com um programa da emissora estatal "Venezolana de Televisión" ("VTV"), Chávez indicou que tinha pedido ao chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, publicar uma nota para rejeitar a informação sobre suposto treinamento na Venezuela de dois supostos membros da ETA.

Segundo o auto de um processo na Justiça espanhola ditado nesta segunda-feira, um membro da ETA deportado em 1989 à Venezuela, Arturo Cubillas, ministrou cursos de formação em 2008 a outros supostos membros do grupo -- Javier Atristain Gorosabel e Juan Carlos Besance Zugasti --, detidos na quarta-feira passada na Espanha.

O governo venezuelano "refuta e desmente, reiterando o conteúdo do comunicado emitido em 8 de março de 2010 junto ao governo da Espanha, qualquer afirmação que pretenda vinculá-lo à organização terrorista ETA, cujas atividades rejeita sem paliativos", manifestou Chávez, antecipando o conteúdo do comunicado.

"O governo venezuelano estima, como já o tornou de conhecimento público por intermédio de seu embaixador em Madri, que não se pode dar credibilidade às declarações feitas perante um juiz por dois criminosos sanguinários desprovidos de qualidade humana e moral", diz a nota lida pelo presidente.

ACUSAÇÃO

Promotores públicos espanhóis afirmam que dois suspeitos de integrarem o grupo separatista basco ETA, detidos na semana passada, foram treinados na Venezuela, de acordo com documentos da Justiça divulgados nesta segunda-feira.

A alegação ecoou uma acusação judicial espanhola anterior, de ligação do ETA com a Venezuela, o que gerou um conflito diplomático.

O juiz Ismael Moreno ordenou que Juan Carlos Besance e Xavier Atristain fossem detidos sob a acusação de porte de armas e explosivos e por pertencer a uma organização terrorista, disse a ordem judicial.

A dupla, presa em Guipuzcoa, no País Basco, numa operação que descobriu 100 quilos de explosivos, foi treinada na França e na Venezuela no verão de 2008 antes de voltar para a Espanha, informam os documentos.

O embaixador da Venezuela na Espanha, Isaías Rodríguez, negou hoje que o governo de seu país esteja vinculado "de nenhuma maneira a nenhuma organização terrorista" e afrimou que não acredita "em absoluto" na declaração de alguns membros do ETA, que asseguram ter recebido treinamento em território venezuelano.

Em declaração à Rádio Nacional de España, Rodríguez insistiu que as declarações dos membros do grupo separatista "não são provas irrefutáveis" e reafirmou o "compromisso" do governo da Venezuela em cooperar com a Espanha na luta contra o ETA e qualquer grupo "que ponha em risco a paz".

Em março, um outro juiz espanhol deu início a um incidente diplomático ao acusar o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de ajudar os rebeldes do ETA.

No caso de março, o juiz disse que em 2007, rebeldes do ETA receberam proteção militar venezuelana para chegarem a um lugar na floresta, onde deram um curso sobre explosivos a membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O documento judicial de segunda-feira não menciona as Farc.

 

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