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11/10/2010 - 16h58

Argentina protestará na ONU por exercícios militares do Reino Unido nas ilhas Malvinas

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DA EFE

A Argentina apresentará na ONU uma cópia da nota de protesto que enviou ao Reino Unido por conta de um projeto de exercícios militares britânicos nas ilhas Malvinas, assegurou nesta segunda-feira o embaixador argentino junto ao organismo multilateral, Jorge Argüello.

"Vamos pedir ao secretário-geral da ONU (Ban Ki-moon) que distribua entre os membros da organização uma cópia do protesto para que fiquem cientes desta nova violação das resoluções das Nações Unidas", destacou o diplomata em declarações à agência estatal Télam.

Argüello comentou que o Reino Unido vem descumprindo várias resoluções da ONU em relação às ilhas Malvinas -- que deu origem a uma guerra entre os dois países em 1982 -- que frisam que o país europeu "não pode se negar a negociar diplomaticamente a soberania das ilhas".

Jorge Argüello assegurou que o cerne da questão "é abordado todos os anos" pela presidente argentina, Cristina Kirchner, na ONU.

"É essencial democratizar a ONU e eliminar o direito de veto do Conselho de Segurança, que permite a cinco países, entre eles o Reino Unido, vetar o que decide o resto da comunidade internacional", destacou.

"PROVOCAÇÃO"

No sábado passado, o governo argentino rejeitou o projeto do Reino Unido para realizar exercícios militares nas Malvinas e o qualificou como "uma nova provocação inaceitável".

Segundo informou o vice-chanceler Alberto D'Alotto, o serviço de Hidrografia Naval argentino recebeu a informação do Reino Unido de que iriam ser realizados "disparos de mísseis desde as ilhas".

"A Argentina expressa seu mais enérgico protesto e exige que governo britânico se abstenha de realizar esse exercício militar", afirmou o vice-chanceler, acrescentando que entregou uma nota de protesto à Embaixada do Reino Unido em Buenos Aires.

Horas depois, Cristina disse através da rede social Twitter que os planos britânicos são de "uma gravidade inusitada".

De acordo com a presidente, Londres planeja desenvolver seus exercícios militares no leste da ilha Soledad, a 775 quilômetros de Ushuaia, capital da Terra de Fogo, na Argentina.

"Típico colonialismo do século 19. Anacrônico uso da força, violando o Direito Internacional. Não lhes importa", lamentou a governante, que em seu mais recente comentário na rede social escreveu: "Sínteses. Piratas, forever?".

 

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