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14/10/2010 - 10h21

Mineiros chilenos devem dividir todo o dinheiro que receberam com estrelato

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DA ANSA, EM SANTIAGO DO CHILE

Os 33 homens que foram resgatados de uma mina no Chile entre a terça-feira e ontem, após mais de dois meses abaixo da terra, irão dividir o dinheiro que ganharem ao participar de programas de televisão ou conceder entrevistas.

O acordo --que também incluiria a criação de uma fundação para ajudar mineiros com poucos recursos-- foi estabelecido durante os 69 dias que eles passaram a cerca de 700 metros de profundidade em Copiapó, no norte do país, e certificado por um tabelião na superfície.

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"Decidiram que se alguém for a um programa de televisão, vai representando todos e, por isso, o dinheiro é para todos", explicou Cristián Ticona, irmão mais velho de Ariel, o penúltimo trabalhador a ser retirado da mina San José e pai de uma filha que nasceu durante o confinamento.

Outros familiares de Ariel asseguraram ao jornal chileno La Tercera que receberam ofertas de duas emissoras nacionais e outras internacionais que pagariam até US$ 14 mil (R$ 23 mil) por seus testemunhos.

O resgate dos 33 homens atraiu centenas de correspondentes estrangeiros à região, além da atenção de espectadores de todo o planeta. Calcula-se que até um bilhão de pessoas acompanharam as imagens captadas pela TV estatal chilena.

Víctor Segovia, 15º resgatado, também teria sido procurado por veículos de comunicação. "Jornais da Holanda, canais da França e do Brasil. Daqui do Chile também. Recebi muitas ofertas. Agora entregarei elas a Víctor para que decida", revelou seu irmão Pedro.

Durante os mais de dois meses que os operários permaneceram bloqueados, o mineiro escreveu uma espécie de diário da jornada que despertou interesse em diversos editores. Segundo Pedro, já foram oferecidos até US$ 50 mil (R$ 83 mil) pelos direitos autorais dos textos.

O irmão advertiu, no entanto que Víctor "escreveu tudo sozinho", o que colocaria em dúvida a hipótese de que os valores entrem na partilha comum dos 33.

ENTENDA O CASO

Em 5 de agosto, um desmoronamento bloqueou a saída da mina San José, e fez com que os operários que trabalhavam no local ficassem presos. Eles foram encontrados com vida 17 dias depois, e passaram a receber assistência alimentar, médica e psicológica enquanto prosseguiam as perfurações para retirá-los do refúgio onde estavam abrigados.

Os resgates foram iniciados na meia-noite desta terça-feira e prosseguiram até que o último mineiro, o chefe de turno e líder do grupo, Luis Urzúa, deixasse o local. Depois, subiram à tona os seis resgatistas que haviam descido ao refúgio para auxiliar os trajetos.

Esta foi a maior operação de resgate já feita em minas, e transcorreu sem incidentes, na metade do tempo previsto -- inicialmente, 48 horas. Ainda ontem foi constatado que alguns dos mineiros estavam com problemas de saúde, mas seus nomes não foram divulgados. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, acompanhou pessoalmente as atividades.

 

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