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Assembleia Geral da ONU vota pelo fim do embargo dos EUA à Cuba pela 19ª vez
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Reunidos na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), 187 países votaram pelo fim do embargo dos EUA à Cuba --que já dura 50 anos-- pelo 19º ano consecutivo.
A votação já se tornou uma espécie de "ritual" anual no qual a grande maioria dos países que integram as Nações Unidas pronunciam-se contrários ao embargo econômico, embora Washington tenha se mantido irredutível nas últimas duas décadas.
A resolução foi aprovada com 187 votos a favor, dois contra e três abstenções.
Apesar de algumas medidas da administração do presidente Barack Obama, que visam uma certa flexibilidade em relação ao regime, o embargo se mantém inalterado.
No ano passado, uma resolução similar foi aprovada com os votos favoráveis de 187 países, três contrários (EUA, Israel e Palau) e abstenções de Ilhas Marshall e Micronésia.
EFEITOS
Na apresentação de um relatório sobre os efeitos do embargo em Havana, no mês passado, o titular de Exteriores cubano lamentou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha ficado "muito abaixo das expectativas" criadas sobre uma possível mudança na política de seu país para com a ilha caribenha.
Rodríguez ressaltou que considera Obama um "político inteligente e honesto" que, devido a prováveis razões de política interna, mantém o bloqueio que "afasta os Estados Unidos de seus interesses nacionais e trai os melhores interesses do povo americano".
O chanceler destacou que seu país "trata o presidente Obama com todo respeito". No entanto, ele criticou que, após ter anunciado uma mudança de política para Cuba e prometido que ouviria seus aliados, a política de Obama se traduz em "um abismo entre seu discurso e seus atos em relação a Cuba".
PREJUÍZOS
Segundo o relatório do governo cubano, o embargo imposto em 1962 acarretou danos econômicos diretos ao povo cubano de US$ 100 bilhões a preços correntes, que equivalem a US$ 239 bilhões tomando como base a inflação de preços no varejo americano ou de US$ 751 bilhões ao se medir em termos da cotação do ouro no mercado internacional.
O documento também contesta a impossibilidade, por causa das sanções, de adquirir placas de iodo radioativo, temozolamida e contraste iodado não-iônico.
Segundo o texto, isso faz com que os tratamentos contra câncer e outras doenças sejam muito mais custosos para o regime cubano e menos precisos, algumas vezes pondo em risco a saúde dos pacientes e particularmente das crianças.
Obama, durante sua campanha presidencial, havia declarado intenções de melhorar as relações entre EUA e Cuba, frente às várias medidas de embargo contra Havana impostas por Washington entre 1959, quando Fidel Castro assumiu o governo da ilha, e 1962, pior momento histórico da diplomacia bilateral.
A votação desta terça-feira ocorre um dia depois da decisão adotada pelos ministros de Exteriores da União Europeia (UE) de estabelecer contatos políticos com Cuba e começar a explorar vias para uma nova aproximação com a ilha.
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