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Hillary Clinton expressa condolências pela morte de Kirchner na Argentina
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DA EFE, EM WASHINGTON
DE SÃO PAULO
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, transmitiu nesta quarta-feira suas condolências pela morte do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007).
Hillary deu os pêsames ao povo argentino e à atual presidente da Argentina e viúva de Néstor, Cristina Fernández de Kirchner, assim como a seus filhos, informou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Phillip Crowley.
Segundo o porta-voz, Kirchner "mostrou seu compromisso de servir aos cidadãos da Argentina e estimular a integração da América do Sul".
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Kirchner morreu aos 60 anos após uma parada cardiorrespiratória em sua casa em El Calafate, Santa Cruz, no sul do país. Seu corpo será velado nesta quinta-feira na Casa Rosada, sede do governo, anunciou o ministro do Trabalho, Carlos Tomada. Antes do funeral oficial, os familiares de Kirchner irão homenageá-lo em uma cerimônia íntima em Santa Cruz, sua Província natal, onde deverá ser enterrado.
Los Andes - 25.mai.2007/AP | ||
Kirchner ao lado da mulher, a presidente Cristina Kirchner; ele era considerado político mais poderoso da Argentina |
Kirchner morreu na manhã desta quarta-feira depois de ser internado com urgência por problemas cardíacos em um hospital de El Calafate. De acordo com o jornal argentino "Clarín", Kirchner foi internado pela manhã no hospital José Formenti, acompanhado da mulher, a atual presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e morreu pouco antes das 10h (11h no horário de Brasília).
Néstor governou a Argentina de 2003 a 2007 e exercia três cargos simultaneamente. Além do posto como secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), era deputado federal e dirigia o PJ (Partido Justicialista).
Segundo a imprensa local, Kirchner sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita. A TV estatal já confirmou a informação.
O ex-presidente e sua mulher estavam desde o último final de semana em sua casa em El Calafate, na região da Patagônia.
PODEROSO
Kirchner era considerado o político mais poderoso do país, e muitos asseguravam que ele estava por trás de cada uma das decisões da atual mandatária, a sua mulher Cristina Fernández de Kirchner.
O político, que havia exercido o cargo de governador na Província produtora de petróleo de Santa Cruz, na Patagônia, chegou à Presidência da Argentina em 2003, depois que o ex-presidente Carlos Menem desistiu de sua candidatura.
Kirchner assumiu com baixa popularidade e escasso poder político em nível nacional. Rapidamente, porém, conseguiu o apoio de muitos argentinos e construiu uma ampla rede de poder.
Foi o responsável por liderar a recuperação da Argentina da crise de 2001-02, a pior de sua história, promovendo um forte crescimento econômico. Devido a isso, muitos argentinos o veem como um presidente que lutou contra a pobreza e o desemprego.
À frente da Argentina, o ex-presidente costumava fazer discursos inflamados de retórica esquerdista e críticas abertas a rivais políticos, empresas privadas e ao Fundo Monetário Internacional.
Patrocinou ainda uma política de direitos humanos que buscou pôr atrás das grades os repressores da ditadura militar.
Ao terminar seu mandato, em 2007, decidiu estrategicamente ceder a candidatura presidencial governista à sua mulher, a quem havia conhecido na faculdade de Direito da Universidade de La Plata (cerca de 60 km ao sul da capital, Buenos Aires) nos turbulentos anos 1970.
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