Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/10/2010 - 20h22

Paraguai decreta luto oficial de três dias por morte de Kirchner

Publicidade

DE SÃO PAULO
DA EFE, EM ASSUNÇÃO

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, decretou luto nacional por três dias no país em homenagem ao ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que morreu nesta quarta-feira após uma parada cardíaca, na cidade de El Calafate, na Argentina.

O decreto estabelece que as bandeiras permaneçam içadas a meio mastro nas instituições públicas (ministérios e secretarias de Estado), embaixadas, consulados, polícias e nos navios da Marinha, informou a agência oficial "IP Paraguai".

Lula lamenta morte de "aliado e amigo"
Veja galeria de imagens da trajetória de Kirchner
Kirchner foi internado duas vezes só neste ano
Morte de Néstor Kirchner é confirmada por agência oficial e médico presidencial
Veja vídeos de campanhas que levaram Kirchner à Presidência da Argentina
Veja a última aparição pública de Néstor Kirchner
Morte de Kirchner terá reflexo em eleições na Argentina, diz especialista
Néstor Kirchner tinha planos de voltar ao governo; ouça correspondente
Veja a última aparição pública de Néstor Kirchner

Lugo, quem expressou sentir-se movido pela morte do ex-líder, enviou carta à presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, na qual expressou sua solidariedade e condolências e mencionou: Kirchner "viverá para sempre em nossos corações".

O chefe de Estado paraguaio deve viajar à Argentina na tarde da quinta-feira, após o retorno a Assunção do vice-presidente, Federico Franco, a partir do Canadá, para participar do sepultamento do ex-governante argentino.

Kirchner morreu na manhã desta quarta-feira, vítima de uma crise cardiorrespiratória. Líder do país entre 2003 e 2007, o ex-presidente, de 60 anos, tinha forte proximidade com políticos esquerdistas dos demais países da região.

De acordo com informações divulgada há pouco, os restos mortais do argentino serão velados a partir das 12h locais [13h no horário de Brasília] desta quinta-feira na Casa Rosada [sede do governo]. O evento terá duração de 48 horas e se constituirá na primeira cerimônia do tipo, já que ex-chefes de Estado habitualmente são recordados no Congresso.

PODEROSO

Kirchner era considerado o político mais poderoso do país, e muitos asseguravam que ele estava por trás de cada uma das decisões da atual mandatária, a sua mulher Cristina Fernández de Kirchner.

O político, que havia exercido o cargo de governador na Província produtora de petróleo de Santa Cruz, na Patagônia, chegou à Presidência da Argentina em 2003, depois que o ex-presidente Carlos Menem desistiu de sua candidatura.

Kirchner assumiu com baixa popularidade e escasso poder político em nível nacional. Rapidamente, porém, conseguiu o apoio de muitos argentinos e construiu uma ampla rede de poder.

Foi o responsável por liderar a recuperação da Argentina da crise de 2001-02, a pior de sua história, promovendo um forte crescimento econômico. Devido a isso, muitos argentinos o veem como um presidente que lutou contra a pobreza e o desemprego.

À frente da Argentina, o ex-presidente costumava fazer discursos inflamados de retórica esquerdista e críticas abertas a rivais políticos, empresas privadas e ao Fundo Monetário Internacional.

Patrocinou ainda uma política de direitos humanos que buscou pôr atrás das grades os repressores da ditadura militar.

Ao terminar seu mandato, em 2007, decidiu estrategicamente ceder a candidatura presidencial governista à sua mulher, a quem havia conhecido na faculdade de Direito da Universidade de La Plata (cerca de 60 km ao sul da capital, Buenos Aires) nos turbulentos anos 1970.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página