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27/10/2010 - 22h53

Chile decreta três dias de luto nacional pela morte de Kirchner

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DA EFE, EM SANTIAGO

O governo chileno decretou hoje três dias de luto nacional após a morte nesta quarta-feira do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007).

O chanceler do Chile, Alfredo Moreno, disse em entrevista coletiva que o Executivo do país, da mesma forma que outras nações que fazem parte da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), decretou três dias de luto que começam a partir desta quinta-feira.

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O chefe da diplomacia chilena ressaltou que Kirchner não só foi presidente da Argentina, mas se desempenhou como secretário-geral da Unasul.

"Era filho de chilena (descendente de imigrantes croatas, nascida na cidade de Punta Arenas), e os senhores sabem que vivem na Argentina uma grande quantidade de compatriotas", acrescentou Moreno, que de manhã foi ao consulado da Argentina em Santiago para prestar suas condolências.

O presidente Sebastián Piñera viajará nesta quinta-feira a Buenos Aires com a primeira-dama, Cecilia Morel, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado chileno e Moreno.

Guillermo Legaria/AFP
Morre aos 60 anos o mais influente político da Argentina, Néstor Kirchner; trajetória foi rápida e bem-sucedida
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Kirchner morreu na manhã desta quarta-feira, vítima de uma crise cardiorrespiratória. Líder do país entre 2003 e 2007, o ex-presidente, de 60 anos, tinha forte proximidade com políticos esquerdistas dos demais países da região.

De acordo com informações divulgada há pouco, os restos mortais do argentino serão velados a partir das 12h locais [13h no horário de Brasília] desta quinta-feira na Casa Rosada [sede do governo]. O evento terá duração de 48 horas e se constituirá na primeira cerimônia do tipo, já que ex-chefes de Estado habitualmente são recordados no Congresso.

PODEROSO

Kirchner era considerado o político mais poderoso do país, e muitos asseguravam que ele estava por trás de cada uma das decisões da atual mandatária, a sua mulher Cristina Fernández de Kirchner.

O político, que havia exercido o cargo de governador na Província produtora de petróleo de Santa Cruz, na Patagônia, chegou à Presidência da Argentina em 2003, depois que o ex-presidente Carlos Menem desistiu de sua candidatura.

Kirchner assumiu com baixa popularidade e escasso poder político em nível nacional. Rapidamente, porém, conseguiu o apoio de muitos argentinos e construiu uma ampla rede de poder.

Foi o responsável por liderar a recuperação da Argentina da crise de 2001-02, a pior de sua história, promovendo um forte crescimento econômico. Devido a isso, muitos argentinos o veem como um presidente que lutou contra a pobreza e o desemprego.

À frente da Argentina, o ex-presidente costumava fazer discursos inflamados de retórica esquerdista e críticas abertas a rivais políticos, empresas privadas e ao Fundo Monetário Internacional.

Patrocinou ainda uma política de direitos humanos que buscou pôr atrás das grades os repressores da ditadura militar.

Ao terminar seu mandato, em 2007, decidiu estrategicamente ceder a candidatura presidencial governista à sua mulher, a quem havia conhecido na faculdade de Direito da Universidade de La Plata (cerca de 60 km ao sul da capital, Buenos Aires) nos turbulentos anos 1970.

 

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