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Israel aprova retirada unilateral de aldeia no Líbano
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O gabinete de segurança de Israel aprovou nesta quarta-feira a retirada unilateral das tropas mobilizadas na parte libanesa da pequena aldeia fronteiriça de Ghajar, em cumprimento à resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
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A vila de Ghajar foi motivo de confrontos entre as tropas israelenses e libanesas nos últimos anos. Ela fica no pé das Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel na guerra de 1967.
A aldeia fica ainda na chamada Linha Azul, fronteira de 120 km delimitada pela ONU para confirmar a retirada israelense do Líbano, em 2000, após 22 anos de ocupação. Durante a criação da linha, a ONU colocou a parte norte de Ghajar como território libanês e o sul sob poder de Israel. Seus moradores tem cidadania israelense desde 1981 e trabalham em Israel, mas se consideram sírios.
Israel, contudo, reassumiu o controle de toda a aldeia após a guerra de 2006 com o grupo xiita libanês Hezbollah, alegando que a aldeia era usada para ataques da guerrilha e para o tráfico de drogas.
O Hezbollah, aliado da Síria e do Irã, controla o sul do Líbano e tem ministros no governo libanês. Resistindo aos apelos por seu desarmamento, o grupo cita a presença israelense em Ghajar como prova de que a ocupação do território libanês continua e precisa ser combatida.
Segundo a proposta, o norte da aldeia não passará às mãos do Exército libanês, mas ficará sob o controle das tropas da Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Finul), que monitora o lado libanês da Linha Azul.
No começo do ano, a ONU disse que os dois países precisavam progredir na demarcação da fronteira. Em agosto, o coordenador especial da ONU para o Líbano, Michael Williams, disse que a retirada israelense "faria muito para ajudar a restaurar a confiança" entre as partes em conflito. No mesmo mês, cinco morreram após uma troca de tiros entre as tropas por uma confusão sobre até que ponto se estende cada território.
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, apresentou na semana passada o plano de retirada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante sua visita à Nova York (EUA).
Com a aprovação do gabinete de segurança, o governo deve ordenar ao Ministério de Relações Exteriores que prepare a documentação necessária à ONU para colocar a retirada em prática o mais rápido possível. Ainda não há, contudo, uma data prevista.
"A comissão ministerial para questões de segurança decidiu nesta quarta-feira aceitar o princípio de uma proposta da ONU e do comandante da Finul, que prevê a retirada das forças israelenses da parte norte do povoado de Ghajar e seu recuo até o sul da Linha Azul", explicou um comunicado do gabinete de Netanyahu.
A nota diz ainda que o governo pretendia preservar "a segurança dos cidadãos de Israel e os meios de vida dos residentes da aldeia, que continua sendo uma unidade indivisível".
A comissão "encarregou o ministério das Relações Exteriores de concluir as medidas provisórias fechadas com a ONU e o comandante da FINUL, o general Alberto Asarta, para avançar o expediente o mais rápido possível, preservando a segurança dos cidadãos de Israel e o cotidiano dos habitantes do povoado", afirmou o comunicado.
SÍRIA
Para os moradores, Ghajar deveria ser da Síria. "A aldeia deveria ser devolvida à Síria como parte de uma negociação diplomática", disse Najib Khatib, porta-voz da comunidade, à Rádio do Exército de Israel.
Tecnicamente em guerra, Israel e a Síria mantiveram negociações de paz indiretas ao longo das últimas duas décadas, com poucos progressos.
Israel anexou as colinas do Golã, algo que a comunidade internacional nunca reconheceu, e se recusa a discutir a devolução dessa área estratégica para a Síria. O governo sírio, por sua vez, rejeita a pressão israelense para que se distancie do Irã, do Hezbollah e de grupos militantes palestinos.
"Nenhuma autoridade do governo vem conversar conosco", disse Khatib. "As pessoas aqui estão amarguradas e frustradas. Estamos neste pesadelo há dez anos."
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