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17/11/2010 - 19h47

Fora da cédula, senadora Lisa Murkowski vence disputa no Alasca

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A senadora republicana pelo Alasca Lisa Murkowski teve uma vitória histórica nesta quarta-feira. Ela se reelegeu ao cargo depois de ser preterida por seu partido nas eleições primárias e se candidatar sem estar na cédula de votação (algo inédito em 50 anos nos EUA).

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Para ser escolhida, os eleitores precisavam escrever o nome de Murkowski --ou algo parecido com ele-- em vez de marcar uma opção pré-definida.

Murkowski tem uma liderança de 10 mil votos com apenas 752 cédulas a serem contabilizadas, segundo um funcionário da comissão eleitoral estadual. O último balanço dava a Murkowski 100.868 votos contra 90.468 do candidato oficial republicano e queridinho do movimento ultraconservador Tea Party, Joe Miller.

Harry Hamburg-16nov.10/AP
Senadora Lisa Murkowski, do Alasca, foi a primeira eleita em mais de 50 anos no sistema de "write in"
Senadora Lisa Murkowski, do Alasca, foi a primeira eleita em mais de 50 anos no sistema de "write in"

A campanha de Miller, contudo, está questionando milhares dos votos para Murkowski por erro de escrita ou de procedimento. Mesmo sem estes votos, contudo, a senadora tem 92.715 votos.

A tediosa tarefa começou há uma semana, quase uma semana depois da eleição parlamentar de 2 de novembro.

É a última disputa ainda em aberto nas eleições para o Senado nos EUA. Mas o resultado não afetará o equilíbrio de forças no Congresso, já que de qualquer maneira o Partido Democrata (governista) manterá a maioria entre os senadores.

Murkowski, integrante de uma tradicional família política do Alasca, perdeu a eleição primária do Partido Republicano, em agosto, e decidiu concorrer à reeleição como candidata independente, pedindo que seu nome fosse escrito na cédula --o chamado "write-in", prática normalmente reservada a excêntricos candidatos nanicos.

A maior dificuldade para isso, no entanto, era ensinar os eleitores a escreverem corretamente o complicado sobrenome dela. Parte do trabalho da revisão dos votos é tentar entender a intenção do eleitor, mesmo que a grafia do nome esteja errada.

O último político a chegar ao Senado como candidato "write-in" foi o então democrata Strom Thurmond, da Carolina do Sul, em 1954.

As campanhas de Miller e Murkowski contrataram equipes jurídicas e fiscais para acompanharem a apuração. Miller recusou-se a admitir a derrota, mas Murkowski deve dar na noite desta quarta-feira seu discurso de vitória.

 

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