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ONGs pedem que China ponha fim a maus-tratos contra famílias de dissidentes
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DA EFE
Grupos de direitos humanos exigiram neste sábado que o regime chinês pare de acossar e maltratar os familiares de dissidentes, alguns famosos como o Nobel da Paz preso, Liu Xiaobo, e o advogado cego Chen Guangcheng, em prisão domiciliar ilegal desde setembro.
Na sexta-feira, Chen e sua esposa foram atacados por policiais após conseguir filmar e publicar um vídeo de uma hora sobre a detenção ilegal que sofre a família desde setembro, quando o advogado completou sua pena, originada por denunciar os abortos forçados e ilegais em sete mil famílias de sua província.
"Estamos horrorizados pelo uso da violência", assinalou a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em comunicado. "Instamos as autoridades chinesas a facilitarem a Chen os serviços médicos que precisa e que se abstenham de outro ato de violência contra ele e sua família", prossegue o comunicado.
Além disso, a RSF pede "a libertação imediata de todos os ativistas em favor da liberdade de expressão que se encontram sob prisão domiciliar de forma ilegal".
A ONG Human Rights in China (HRIC) exigiu neste sábado que o governo investigue o ataque contra Chen e sua família e pediu à comunidade internacional que pressione contra esta "violação fundamental do direito de transitar livremente"
A ONG Chinese Human Rights Defenders (CHRD) também protestou pela surra infligida a Chen e a sua esposa, Iuane Weijing, em seu domicílio na província de Shandong, no leste da China.
"Acreditamos que a polícia tentou castigar desta forma a família por filmar e documentar a detenção ilegal que sofrem há cinco meses", assinala o comunicado da organização.
Entre as detenções ilegais se destaca a da poetisa e fotógrafa Liu Xia, esposa do Nobel da Paz Liu Xiaobo, em prisão domiciliar no apartamento que o casal tem em Pequim desde 8 de outubro.
Da mesma forma, Zeng Jinyan, esposa do ecologista preso Hu Jia, foi objeto do assédio e do controle policial nos últimos anos.
Com a situação, alguns familiares de dissidentes foram obrigados a exilar-se no exterior, como aconteceu com a mulher e os filhos do advogado de direitos humanos desaparecido Gao Zhisheng, e com a família do ativista Guo Feixiong, obrigados a viverem nos Estados Unidos desde 2009.
O governo chinês não tem nenhuma base legal para deter Chen Guangcheng e sua família e Liu Xia, além da falta de base legal para deter Zeng Jinyan e as outras famílias de dissidentes que sofrem perseguição das autoridades, assinalou Tanya Wang, subdiretora internacional da CHRD.
Apesar de ser a segunda maior potência econômica do mundo, a China lidera a lista de infrações aos direitos humanos.
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