Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/03/2011 - 18h50

Itália protesta contra Berlusconi e pela dignidade das mulheres

Publicidade

DA FRANCE PRESSE, EM ROMA

Centenas de mulheres se manifestaram nesta terça-feira, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, em Roma, Florença e Milão para reclamar mais dignidade, tendo como pano de fundo o anúncio da Justiça de que o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, será julgado por prostituição de menor.

As manifestações foram convocadas pelo movimento espontâneo "Se não for agora, quando será?", que reuniu, em 13 de fevereiro, meio milhão de mulheres e mais de 200 cidades para protestar contra a visão machista e patriarcal que o chefe de governo tem das mulheres de um modo geral.

"Queremos manifestar nossa ira contra nossa classe política", declarou a manifestante Irene D'Onofrio, 62.

"Aqui as mulheres têm relações sexuais com homens poderosos para entrar para o Parlamento. As mulheres são tratadas como objetos. Sinto vergonha que Berlusconi me represente", acrescentou.

"A Itália não é um país para as mulheres, queremos que seja", gritava um grupo de jovens, que denunciam principalmente a diferença salarial entre homens e mulheres e a impossibilidade para a mulher italiana ter acesso a cargos mais altos.

Em Milão e Florença, desfilam pelo menos 800 mulheres com um cartaz que dizia "Não somos como nos descrevem ou nos representam".

Em 2010, as executivas na Itália representavam apenas 5% dos membros do conselho de administração das sociedades italianas cotadas na Bolsa.

Na Itália, apenas uma mulher em duas trabalha, mas há mais mulheres com título universitário do que homens.

A porcentagem média nos países da União Europeia de mulheres que trabalham é de 59%.

O presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, pediu uma "revolução cultural" contra a visão "consumista que reduz a mulher a um objeto".

Um grupo de mulheres vestidas de vermelho protestou diante da residência privada de Berlusconi em Roma para pedir sua demissão.

"Renuncie a esta cidade, a esta região, a este país, a este mundo", gritavam.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página