Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/03/2011 - 18h22

Governo da Líbia oferece recompensa por captura de líder rebelde

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE SÃO PAULO

Autoridades do governo líbio ofereceram nesta quarta-feira uma recompensa de 500 mil dinares líbios (US$ 400 mil) para qualquer pessoas que capturar o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil e entregá-lo.

Em um flash de notícia urgente, a emissora de TV estatal líbia também anunciou um prêmio de 200 mil dinares para informações que levem à captura de Jalil, descrito como um "agente espião".

Jalil se autodeclarou presidente do Conselho Nacional Líbio, a primeira instituição criada pelos rebeldes. Ele foi um dos primeiros funcionários do alto escalão do governo do ditador Muammar Gaddafi a renunciar ao cargo --até 21 de fevereiro, ele ocupava o posto de ministro da Justiça, e saiu em protesto pelos ataques das forças de segurança contra os manifestantes desarmados do início da revolta.

Após sua renúncia, Jalil fez ataques diretos a Gaddafi, acusando-o, por exemplo, de ordenar pessoalmente o atentado contra o avião da PanAm, que explodiu sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, matando 270 pessoas em 1988.

Em uma entrevista a um jornal alemão, ele pediu ajuda à comunidade internacional, afirmando que de outra forma Gaddafi "destruirá" seu país.

"Se não houver uma intervenção internacional, Gaddafi destruirá nosso país. Para ele tanto faz se as pessoas morrerem", afirmou o ex-ministro em entrevista ao "Die Welt", segundo trechos publicados nesta quarta-feira.

Jalil também reafirmou sua esperança de ver instaurada uma zona de exclusão aérea para impedir os bombardeios sobre a população, apesar das reticências da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

"Uma zona de exclusão aérea é tudo o que queremos [...], mas não queremos soldados estrangeiros na Líbia", afirmou.

Na terça-feira, em um discurso diante de deputados europeus, um dos representantes do conselho, Mahmoud Jebril, pediu aos europeus ajuda militar, econômica, humanitária e médica.

Jebril também disse esperar da União Europeia que reconheça "o quanto antes" a oposição líbia como única autoridade legítima líbia.

Mas Ashton rejeitou nesta quarta-feira, em Estrasburgo, envolver-se ações que possam impedir que Gaddafi massacre a insurreição, o que reflete as divisões entre os países-membros da UE.

A chefe da diplomacia europeia também recusou-se a apoiar a petição do conselho de ser reconhecido como única autoridade legítima na Líbia e se mostrou hesitante em relação à possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea.

Em 27 de fevereiro, um porta-voz anunciou a criação de um "Conselho Nacional" independente de transição, que representa as cidades conquistadas pelos rebeldes.

A Líbia, diferentemente de Tunísia e Egito, não dispõe de instituições bem estabelecidas, partidos políticos nem meios de comunicação independentes. A ausência dessa organização torna mais difícil a identificação de futuros dirigentes para o país.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página