Publicidade
Publicidade
Congresso realiza polêmica audiência sobre radicalização nos EUA
Publicidade
DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
Para combater a ameaça de um terrorismo "made in USA" (fabricado nos Estados Unidos), a comunidade muçulmana deve se esforçar mais, segundo afirmou nesta quinta-feira o deputado republicano Peter King na abertura de uma audiência polêmica no Congresso do país.
"Tenho consciência de que o anúncio da organização desta audiência provocou um amplo debate e desencadeou objeções", começou King, classificando os comentários da imprensa e de organizações de defesa das liberdades como "ataques de raiva e de histeria".
A audiência, realizada ante uma comissão da Câmara dos Representantes (deputados) americana foi intitulada de "Crescimento da radicalização da comunidade muçulmana americana e a resposta a esta comunidade".
Saul Loeb/AFP | ||
Público acompanham audiência no Congresso dos EUA sobre a radicalização da comunidade muçulmana |
Citando uma pesquisa segundo a qual "15% dos americanos muçulmanos com entre 18 e 29 anos poderiam apoiar atentados suicidas", King afirmou que "este é o grupo que a [rede terrorista] Al Qaeda tenta recrutar".
"Para combater a ameaça, os dirigentes das comunidades muçulmanas devem impor sua autoridade", acrescentou.
"A Al Qaeda compreendeu que as medidas tomadas depois do 11 de Setembro tornaram muito difícil a organização de um atentado em grande escala em solo americano vindo do exterior. Por isso, a organização modificou sua estratégia e passou a recrutar ou a utilizar pessoas que vivem legalmente nos EUA", afirmou, resumindo sua posição.
Três políticos americanos se levantaram para exprimir apoio ou divergência em relação à audiência.
Ante uma ameaça islâmica real, "devemos conduzir uma investigação minuciosa e justa que não cause prejuízos", protestou o democrata Keith Ellison. Os cidadãos americanos que se envolvem em atividades terroristas são "indivíduos, não comunidades", insistiu, rejeitando estereótipos.
"Uma audiência como esta parte do princípio que a comunidade muçulmana como um todo deve ser responsabilizada", lamentou ainda, apresentando à comissão, muito emocionado, a mãe de um socorrista muçulmano morto no World Trade Center nos ataques de 2001, "um americano que deu sua vida por americanos".
Grupos de defesa de direitos humanos, parte da comunidade muçulmana do país e vários pesquisadores denunciaram o caráter simplista da audiência.
Essas organizações compararam na quarta-feira, durante uma coletiva de imprensa, Peter King com Joseph McCarthy, o senador americano que conduziu uma caça às bruxas contra comunistas nos anos 1950.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre os EUA
- Gaddafi se prepara para longo conflito, diz espião-chefe dos EUA
- EUA confiscam US$ 67 mi em dinheiro na fronteira com o México
- EUA veem ligação da Al Qaeda com australianos, diz WikiLeaks
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice