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Japão estuda ampliar zona de segurança ao redor de Fukushima
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DA EFE, EM TÓQUIO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo japonês indicou nesta quinta-feira que estuda ampliar de 20 para 30 quilômetros a atual zona de segurança ao redor da usina de Fukushima, devido ao risco de exposição à radiação durante um período longo.
O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse que as autoridades consideram ordenar a retirada de alguns habitantes da área entre 20 e 30 quilômetros ao redor da central, para os quais há atualmente apenas a recomendação de permanecerem trancados em suas casas.
Edano sugeriu que o governo pode modificar os índices usados como limite até uma ordem de retirada, já que essas taxas "são estabelecidas assumindo um acidente que libere um alto nível de radiação em um curto espaço de tempo".
O governo japonês pediu a especialistas que estudem medidas para evitar o risco de a população se expor de maneira prolongada, já que a crise de Fukushima Daiichi não dá mostras de estar perto do fim.
Atualmente, o governo japonês fixa o limite de 50 milisievert para retirar a população de uma área, embora a Agência de Segurança Nuclear do Japão tenha recomendado que sejam desalojadas as zonas com um nível anual de radiação de 20 milisievert.
O Executivo também estuda a possibilidade de permitir aos habitantes da zona de segurança de 20 quilômetros voltarem temporariamente a suas casas para recolher pertences e objetos de valor.
PLUTÔNIO
A empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da central de Fukushima Daiichi, informou nesta quinta-feira que voltou a encontrar "pequenas" amostras de plutônio em quatro diferentes pontos no exterior da central, embora considere que a quantidade não representa risco para a saúde.
As amostras foram recolhidas nos dias 25 e 28 de março e em um dos pontos registraram concentração de plutônio 238 equivalente a 0,26 becquerel por quilo, 50% abaixo dos primeiros registros conhecidos na segunda-feira da semana passada.
A Tepco anunciou em 28 de março ter encontrado plutônio pela primeira vez em amostras tomadas no exterior da usina nuclear de Fukushima nos dias 21 e 22 de março, embora em quantidades similares às encontradas no meio ambiente no Japão.
A operadora da central, no entanto, indicou em comunicado que as últimas amostras recolhidas provêm do acidente nuclear de Fukushima Daiichi, podendo vir dos vazamentos do núcleo de um reator ou terem sido causadas por algumas das explosões nas unidades da central.
O reator 3 utiliza uma tóxica mistura de urânio e plutônio conhecida como MOX.
A Tepco não conseguiu identificar a origem deste plutônio, já que se trata de um subproduto de reações de fissão originado também em reatores alimentados por urânio, como no caso das unidades 1 e 2.
A operadora da usina lembrou que os níveis de plutônio 238 e 239 detectados até o momento no exterior da central de Fukushima Daiichi não representam um risco para a saúde.
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