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França cobra mais clareza em ação do Paquistão contra terrorismo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, criticou nesta terça-feira que a posição do Paquistão na luta antiterrorista, alegando que falta clareza.
Paquistão sofre duras críticas desde a revelação de que o líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, vivia há cinco ou seis anos em uma mansão de alta segurança em Abbottabad, cidade a apenas cerca de 50 km da capital paquistanesa. A mansão ficava ainda a menos de um quilômetro de uma academia militar que treinava membros para as Forças Armadas do Paquistão.
"Custa-me acreditar que a presença de um personagem como Bin Laden em um local importante de uma cidade relativamente pequena passasse totalmente despercebida', disse Juppé em declarações à imprensa.
Juppé disse esperar que o primeiro-ministro paquistanês, Yousaf Raza Gilani, que inicia nesta terça-feira uma viagem à França, lhe explique como tudo ocorreu.
"Espero que as autoridades tenham um compromisso real na luta contra o terrorismo, mas falta clareza na postura do Paquistão", disse Juppé.
A principal agência de inteligência paquistanesa, a ISI, confirmou nesta terça-feira que compartilhou informação sobre Bin Laden com os Estados Unidos, mas negou que forças do Paquistão tenham participado da operação na qual o líder da Al Qaeda foi executado e que elas soubessem anteriormente do paradeiro do terrorista.
O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, também se defendeu nesta terça-feira das acusações de que o país estava abrigando secretamente Bin Laden.
"Alguns na imprensa americana sugeriram que o Paquistão não teve a vitalidade necessária em sua luta contra o terrorismo, ou pior, que fomos dissimulados e protegemos os terroristas que dizíamos buscar", disse Zardari, em artigo no jornal "Washington Post". "Tal especulação sem base pode ser excitante para os jornais, mas no reflete a realidade", completou.
Juppé ressaltou que a ameaça terrorista permanece alta e que o terrorismo não se erradicou, por isso que "mais do que nunca são necessárias todas as medidas para a proteção das embaixadas" e dos cidadãos franceses no exterior.
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