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08/05/2011 - 13h27

Criança de 12 anos morre em confrontos na Síria

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DA REUTERS, EM AMÃ
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças sírias invadiram três bairros da cidade de Homs e tanques entraram em várias cidades no sul da Síria neste domingo, disseram moradores.

A ofensiva tem o objetiva de reprimir a revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

Na primeira incursão em áreas residenciais em Homs, terceira maior cidade da Síria com um milhão de habitantes, tiros de metralhadoras e bombardeios foram ouvidos, disseram moradores à Reuters.

Pelo menos um civil, uma criança de 12 anos, morreu quando tanques e tropas entraram em três distritos de Homs durante a noite, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos.

"As áreas estão sob cerco total desde ontem [sábado]. Há um apagão total sobre o número de mortos e feridos. As telecomunicações e eletricidade estão sendo repetidamente cortados", disse o Observatório em um comunicado.

Um ativista de direitos humanos em Homs disse por telefone que "há relatos de (mais) mortes, mas eles não podem ser confirmados. Não posso sair da minha casa. As forças de segurança estão por toda parte."

O levante pró-democracia que começou em Daraa em 18 de março, inspirado em revoltas semelhantes em todo o mundo árabe, atingiu Hauran na sexta-feira, uma região agrícola na fronteira com a Jordânia, ao sul, e com as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, a oeste.

Os manifestantes exigem liberdades políticas, fim da corrupção e a renúncia de Assad, que os acusa de pertencer a uma conspiração estrangeira para provocar conflitos sectários,uma acusação que os manifestantes negam.

MORTES

No sábado, ao menos seis pessoas morreram na cidade costeira de Banias (noroeste), um dos focos do protesto na Síria, tomada pelo Exército. No mesmo dia, a oposição propôs a realização de eleições livres em seis meses para pôr fim à crise.

Quatro mulheres que pediam a libertação de detidos na entrada da cidade perderam a vida após os disparos das forças de ordem, segundo um militante de direitos humanos. Inicialmente, foi informado sobre três manifestantes mortas.

Além disso, outras duas pessoas perderam a vida, afirmou um funcionário do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O Exército abriu fogo no fim deste sábado em vários bairros da cidade, de acordo com militantes de direitos humanos. Entre as localidades atingidas encontra-se o bairro de Cornisa, na entrada sul, o mercado e as pontes de Marqb e Ras el Nabee, segundo as mesmas fontes.

"Há dois mortos e vários feridos a tiros, mas não se sabe quem são os autores", declarou à France Presse um funcionário do Observatório.

Os serviços de segurança, com ajuda do exército, procediam para deter as pessoas, segundo estas fontes, que asseguraram que havia franco-atiradores nos edifícios.

COMUNICAÇÕES E ELETRICIDADE CORTADAS

De acordo com estes militantes, carros do exército penetraram durante a madrugada de sábado em Banias, uma cidade de 40 mil habitantes na costa mediterrânea, onde as comunicações e a eletricidade ficaram cortadas. Além disso, navios da Marinha patrulhavam a costa, em frente aos bairros do sul de Banias, enquanto a cidade vizinha de Bayda estava cercada de carros de combate.

Durante a tarde, soldados entraram no bairro de Ras al Ein, onde desde os minaretes das mesquitas eram lançados chamados à jihad (guerra santa), segundo testemunhas.

Uma fonte militar havia afirmado mais cedo que 'unidades do exército e forças de segurança perseguiram hoje (sábado) membros dos grupos terroristas em Banias (noroeste) e nos arredores de Daraa (sul) para restabelecer a segurança e a estabilidade', afirmou uma fonte militar.

Soldados e policiais 'detiveram pessoas procuradas e apreenderam armas que estes grupos utilizaram para agredir o exército e os cidadãos', acrescentou o exército.

Desde o início desta revolta sem precedentes, em meados de março, o regime culpa grupos 'criminosos' ou 'terroristas' pela violência que atinge o país.

 

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