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Alemanha descarta aumento de fundo europeu de ajuda
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DA EFE
A Alemanha descartou nesta segunda-feira qualquer discussão para aumentar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) a curto prazo, um pedido feito pela Comissão Europeia diante da expansão da crise da dívida à Espanha e à Itália.
Segundo um porta-voz do governo alemão, a cúpula europeia extraordinária realizada em 21 de julho passado decidiu que o FEEF "será mantido como está".
Criado em 2010 para ajudar Irlanda e Portugal, os primeiros a serem afetados pela crise da dívida, o FEEF tem 750 bilhões de euros (cerca de R$ 1,7 trilhão), com uma capacidade efetiva de crédito de 440 bilhões de euros (cerca de R$ 997 bilhões).
O valor astronômico, contudo, é insuficiente para salvar países como a Itália, que tem uma dívida de 120% do seu PIB (Produto Interno Bruto). O temor dos mercados é que, se a Itália não conseguir pagar suas dívidas, arraste todos os países da zona do euro para uma crise.
Diante dos temores, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, instaram os países europeus a reavaliar a quantia do FEEF.
Mas o porta-voz do governo alemão afirmou em entrevista a jornalistas que "nada mudou" a respeito das decisões adotadas na cúpula de julho --que ampliou as competências do FEEF para comprar títulos da dívida pública dos países em dificuldade no mercado secundário.
O pedido, contudo, foi melhor recebido pela França, que convocou sessão extraordinária do Parlamento nos próximos dias 6 a 8 de setembro, para debater o tema. Um aumento do fundo do FEEF deve ser aprovada pelos Parlamentos nacionais antes que entrem em vigor.
O porta-voz alemão disse ainda que a chanceler Angela Merkel está de volta a Berlim, mas não interromperá suas férias, que vão até o fim de semana.
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