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08/08/2011 - 10h09

Empresários italianos se oferecem para comprar títulos do país

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DA REUTERS, EM MILÃO (ITÁLIA)

Líderes do mundo empresarial italiano assinaram uma petição se oferecendo para comprar títulos da dívida pública do país, em um esforço para ajudar o país a evitar a crise da dívida.

"Se a Itália precisa de nossa ajuda, nós estamos aqui", diz a petição, assinada pelos chefes-executivos das maiores companhias italianas, incluindo a fabricante de pneus Pirelli, a Eni e a fabricante de sapatos Tod's.

"Não, nós não ficaremos parados enquanto a Itália fica sem dinheiro", diz o documento, publicado pelo jornal de negócios "Milano Finanza" no fim de semana.

"Cerca de 50% da dívida pública da Itália está na mão dos italianos. Se a Itália precisa de nossa ajuda, estamos aqui", diz o texto.

Os juros dos títulos do governo italiano saltaram a um recorde na semana passada, afetados pelo temor crescente com a grande dívida pública do país (atualmente em cerca de 120% do seu PIB). Mas a ação do Banco central Europeu (BCE), que comprou títulos da dívida, baixaram os juros nesta segunda-feira.

Os bancos têm suportado o peso da crise, já que são os maiores proprietários dos títulos italianos, mas são os balanços robustos das empresas italianas e a base de empréstimo do governo italiano que são vistos como a maior defesa da Itália contra o calote.

"Nós somos fortes, um país rico, com uma dívida pública muito alta, mas com uma dívida combinada pública e privada bem menor que a do Reino Unido, mais baixa que a da Alemanha", diz o documento, assinado ainda por vários economistas e gerentes de fundos.

"Nossas indústrias, nossos bancos, são sólidos", disse.

Nem todos, porém, atenderam ao apelo para comprar títulos da dívida italiana. Os resultados do primeiro semestre de 2011 publicados pelo maior banco de varejo da Itália, Intesa Sanpaolo, mostram que a instituição reduziu sua exposição aos títulos italianos em cerca de 10 bilhões de euros desde março.

Agora, ela armazena 64 bilhões de euros em papel italiano, o que representa 79% do total das suas participações na dívida soberana.

 

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