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20/04/2012 - 09h30

Leitor explica o conceito de inclusão de pessoas com deficiência

LEITOR ARIOVALDO VIEIRA DA SILVA
DE PRAIA GRANDE (SP)

Muito triste e desproporcional o artigo "Meus filhos com autismo, um contraponto", de Ana Maria Elias Braga, publicado na seção Tendências/Debates, da Folha.

A partir do momento em que a autora usou a expressão "maldita inclusão", o restante do artigo ficou incipiente e demonstrou que ela desconhece o processo histórico da inclusão no Brasil e no mundo e não tem a vaga ideia de quantas pessoas com deficiência foram e estão sendo beneficiadas por isso.

Se ela conhecesse melhor a inclusão, não diria que seus filhos são "especiais" e os outros são "normais". Não diferenciar já é uma forma de incluir.

A inclusão ainda é um processo em andamento, ninguém muda uma realidade secular de exclusão de modo rápido e sem perseverança.

Divulgação
Cena do filme "Namorada" (2011), que conta a história de um rapaz com síndrome de Down que tenta conquistar uma namorada
Cena do filme "Namorada" (2011), sobre um rapaz com síndrome de Down que tenta conquistar uma namorada

Muitos docentes, escolas e pais, bem como a sociedade brasileira, não estão preparados para a diversidade. Manter filhos com deficiência em salas especiais é reforçar a exclusão. É diferenciar, e isso não é aceitável no processo de inclusão.

Se as escolas não estão preparadas para a inclusão, elas vão continuar assim indefinidamente se os pais simplesmente colocarem seus filhos com deficiência nas salas ou escolas especiais. A escola é o ambiente propício para a promoção da paz, da reconciliação e da convivência entre as diferenças. Por isso, não podemos deixar que seja alvo da intolerância, do preconceito e da violência.

Kallil Assis Tavares, 21, é o primeiro estudante com síndrome de Down a ingressar na UFG (Universidade Federal de Goiás). Ele foi aprovado para o curso de geografia, no campus de Jataí, cidade a 325 quilômetros de Goiânia. O curso tinha concorrência de 1,2 candidatos por vagas.

Marcelo Flaquer tem autismo e está no último ano de pedagogia na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp).

São apenas dois exemplos que mostram que, sem inclusão, essas pessoas ainda estariam numa sala especial sem esperança na vida.

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