Leitores comentam correção de 4,5% na tabela do IR e 10% no Bolsa-Família
Dilma Rousseff anunciou a correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda. Estamos sendo lesados, uma vez que a correção do IR não é aplicada de acordo com a inflação. Pagamos a cada ano mais IR porque nossos salários são corrigidos pela inflação. Será que teremos no futuro um governo competente, honesto e menos demagógico -como é o aumento de 10% do Bolsa-Família-, que priorize nossa educação?
PAULO A. L. FIGUEIREDO (Bragança Paulista, SP)
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Em meio a queda expressiva na intenção de voto para sua reeleição, e ao escândalo estapafúrdio na Petrobras, a presidente Dilma apela para a tradicional base eleitoreira do PT com o anúncio do aumento do Bolsa-Família. Seria de bom tom o governo não subestimar tanto a inteligência do povo pois esse tiro, de moralidade duvidosa, pode sair pela culatra.
LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)
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Dilma partiu para contra-atacar a oposição e os adversários, que a colocam como responsável direta pelos inúmeros escândalos que assombram o seu governo e pela deterioração da nossa economia, saúde, educação e infraestrutura. Lançou mão de um óbvio e eleitoreiro aumento no Bolsa-Família, e de uma falsa e pífia correção na tabela do IR –pois a mesma continua defasada– com o intuito de seduzir a classe média assalariada. Foi o discurso de alguém desesperado, de quem está sentindo que, a cada dia, a cada nova denúncia de corrupção, a cada nova divulgação de resultados ruins de seu governo, a sua reeleição está ficando distante.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
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Segundo Vinicius Torres Freire, "a falta de reajuste da tabela do IR das pessoas físicas foi um dos impostos que subiram na última década". Vir comemorar o Dia do Trabalho com correção de 4,5% a partir de 2015 é gozação. Falta corrigir o restante da diferença.
REGINA CÉLIA ANDRADE E SILVA DE SOUZA (Indaiatuba, SP)
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A presidente eleva o Bolsa-Família e corrige a tabela do IR no último dia do prazo para declaração. Observamos que ambas as medidas partem do pressuposto de angariar votos, mas também podem produzir um efeito contrário nas finanças do Estado.
YVETTE KFOURI ABRAO (São Paulo, SP)
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Dilma aumenta em 10% a Bolsa-Família e reajusta a tabela de Imposto de Renda em 4,5% somente para se reeleger presidente do Brasil. Ela se esqueceu de reajustar também as aposentadorias. E ainda haverá brasileiros que votarão nela, principalmente os beneficiados pelo Bolsa-Família.
EUCLIDES MARQUES DA MOTA (Belo Horizonte, MG)
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Enquanto no primeiro trimestre o governo gastou cerca de 9% mais comparado com o mesmo período de 2013, Dilma anuncia 10% de reajuste no Bolsa-Família, escancarando uma atitude totalmente eleitoreira. Mais uma vez, o governo deixa de tomar ações que visam desenvolvimento sócio-econômico sustentável do país e afunda ainda mais as contas públicas. Que benefício se tem com o Bolsa-Família? O programa, que a princípio deveria ser temporário e emergencial, passou a ser pago em larga escala por tempo indeterminado, fazendo com que muitas comunidades deixem de se desenvolver com a situação cômoda de recebimento do benefício. Onde estão programas para qualificação profissional e recolocação de trabalhadores no mercado de trabalho? Onde estão programas e estímulos fiscais para desenvolvimento de micro e pequenas empresas bem como da indústria? E quem pagará a conta por mais este aumento de gastos?
WAGNER FERNANDES GUARDIA (São Vicente, SP)
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