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Conflitos na Síria têm origem econômica, diz leitora
LEITORA FÁTIMA JINNYAT
DE SÃO PAULO
A Folha salvou meu domingo! Lendo a seção Painel do Leitor (09/09/2012 - 07h00) me deparei com um comentário lúcido do leitor Carlos Roberto de Oliveira sobre o conflito na Síria.
Sou filha de sírio, meu pai era natural de Homs e desde pequena acompanho quase tudo o que acontece lá. No início dos combates na Síria, estranhei a situação noticiada pelos jornais, pois até onde sabia, o regime de Bashar Assad é fechado, mas nada comparado com o que se noticia.
Lá era um lugar bom de se viver, muito bonito e percebemos pelo depoimento de Priscila Eroud Bacha que o cotidiano das pessoas não era nada diferente do daqui, quando ela cita na entrevista, o prazer de sair para tomar sorvete.
Há quase dois meses estive com sírios recém-chegados de lá e suas histórias são muito diferentes! Existe um conflito, sim, mas com outras características e muitas fotos foram montadas para incriminar o governo atual na tentativa de mobilizar a opinião pública para derrubá-lo.
Os interesses são puramente econômicos e a orquestração envolve Israel e os EUA, que treinam mercenários árabes de várias etnias para lutarem no conflito. Um desses países é o Paquistão, pois mercenários foram interrogados e confirmaram sua origem. Como são todos árabes, a versão noticiada pela imprensa ganha verossimilhança.
16.jul.2012/Efe | ||
Imagem capturada pela Shaam News Network na capital Damasco, na Síria |
A maioria das pessoas é leiga para entender as nuances do mundo árabe e a imprensa presta um desserviço, criando estereótipos cuja principal característica é a passionalidade, a violência, o sofrimento, o ódio.
Neste mesmo jornal, frequentemente articulistas dão um jeitinho de pôr mais lenha nessa fogueira, tecendo comentários tendenciosos. Essa visão pseudodemocrática que os EUA tanto defendem para os regimes fechados árabes, está muito distante da cultura de nosso povo, o que não significa que adoramos ditadores. O perigo da mente binária é simplificar para entender.
O episódio de José Maurício Bustani, nosso diplomata que liderou a Organizacão para a Proscrição de Armas Químicas (Opaq) em 2002, e foi derrubado por articulação dos EUA, se resgatado à luz dos fatos de hoje, pode se tornar bastante revelador.
Agradeceria se publicassem uma linha deste texto. Já são 58 anos ouvindo e vendo calada!
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