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25/09/2012 - 19h17

'Maioria dos incêndios em favelas tem mãos criminosas', afirma leitor

LEITOR EDUARDO ANDREASSI
DE SÃO PAULO

"69 favelas da capital paulista foram incendiadas em 2012". "Este foi o segundo incêndio na favela do Moinho em menos de um ano". Notícias assim tornaram-se comum para os paulistanos nos últimos meses. Fatalidades e casualidades sim, pois acidentes e descuidos podem acontecer, infelizmente.

Mais grave ainda é quando essas tragédias urbanas causam a morte de cidadãos honestos e trabalhadores que não têm condições de pagar por uma moradia melhor. Nestes casos a favela acaba sendo a única moradia possível. Com uma "ajuda" de R$ 300,00 onde é possível morar senão em favelas?

Favelas essas que surgiram com o crescimento do mercado imobiliário, afastando os mais necessitados para áreas onde não era de interesse de empresários e governo.

Mas, se relembrarmos de fatos ocorridos há anos atrás, situações bem parecidas já aconteciam sempre às vésperas de eleições ou de projetos de urbanizarão que estavam para serem concluídos.

Existem pessoas interessadíssimas em provocar esses tumultos, sem medir as consequências, tampouco se preocupar com as necessidades dos que lá habitam, visando interesse próprio.

Apu Gomes - 18.set.2012/Folhapress
Moradores da favela do Moinho, na região central de Sao Paulo, trabalham em rescaldo, depois de favela ser supostamente incendiada após uma briga de casal
Moradores da favela do Moinho, na região central de São Paulo, trabalham em rescaldo, após incêndio no local

Interesses e "jogadas" nessa mesma política sem escrúpulos, onde aparecerão muitos que serão o "Salvador da Pátria" --a pessoa que irá resolver os problemas desses miseráveis e excluídos que vivem em condições sub-humanas.

Vamos acordar e concordar: a maioria dos incêndios tem mãos criminosas, visando desde uma "simples" desocupação da área ou mesmo interesses próprios e políticos.

Existem pessoas (cúpulas) que manipulam e planejam tudo isso e estão envolvidas diretamente com essas atrocidades, e ligadas a partidos políticos ou movimentos. Eu mesmo já presenciei tais conversas.

Mas logo tudo isso vai diminuir ou mesmo terminar. Assim que as eleições terminarem, assim que o governo planejar mais moradias --e sempre em áreas de grande valor comercial-- e/ou o interesse dessas cúpulas forem atingidos, o fogo irá cessar.

Observem as razões das pessoas que invadem uma enorme área. Elas sempre procuram lugares com perspectivas de crescimento urbanístico e valorização da área.

Raros casos em que são invadidas áreas nas periferias esquecidas da cidade, tampouco irão promover programas de habitação nesses bairros afastados. Essas áreas esquecidas, às margens de córregos não canalizados, não interessa a ninguém.

 

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