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'Como Brasil é o futuro celeiro do mundo?', pergunta-se leitor
LEITOR ANTONIO VALENTIM RUFATTO
DE BAURU (SP)
Como pode o Brasil ser dito como o futuro celeiro do mundo, sendo o único país do planeta que produz alimentos em apenas 27% de seu território? Como, se a maioria dos atuais ambientalistas e dirigentes de ONGs jamais botaram o pé no barro de nossas estradas?
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As queimadas em parte do Mato Grosso e da Amazônia devastam anualmente enormes áreas de florestas e muito pouco se faz para protegê-las. Além de rigorosa fiscalização, faltam brigadas de incêndio localizadas em pontos estratégicos e helicópteros dotados de grande capacidade de carregamento de água, como nos Estados Unidos. Após as queimadas, sementes de braquiária são lançadas pelo vento ou por latifundiários inescrupulosos.
Enquanto isso, o código florestal pretende reduzir drasticamente as atuais áreas de produção de alimentos, com a famigerada lei de reserva legal (20% da área e com proibição de plantio de árvores frutíferas).
As mini-florestas, além de pouco contribuir com o sistema ambiental, reduzem a produção de alimentos e às vezes tornam-se habitat de animais predadores da lavoura de subsistência, configurando-se a medida num verdadeiro "tiro no pé". "Matar a vaca para acabar com o carrapato", parafraseando Joelmir Beting.
Gustavo Lima - 18.set.2012/Agência Câmara | ||
Sessão da Câmara em que deputados aprovam MP do Código Florestal |
Que se exijam reservas legais nos latifúndios, onde seus efeitos são tão úteis ao meio ambiente, à fauna, à flora e à piscicultura, é o que se espera. Num país predominantemente agrícola não se pode colocar a produção agropecuária como atividade secundária.
A produção ambiental pode ser exercida plenamente sem prejuízo da produção, dependendo apenas do bom senso de nossos dirigentes.
Quanto à proteção dos rios e seus mananciais concordo que devemos usar do máximo rigor, mas a prioridade vem sendo negligenciada. Deve-se orientar e punir os responsáveis pelas erosões, que não fazem bacias de contenção ou curvas de nível.
As águas das chuvas que deveriam desenvolver as culturas e abastecer nossa maior riqueza do futuro, os aquíferos subterrâneos de água doce, correm para os rios e para o mar, arrastando a camada mais fértil da crosta terrestre, além de carregar consigo os detritos e defensivos agrícolas, envenenando todo o sistema, inclusive causando danos ao novo Plano Safra da Pesca e Aquicultura.
Com tudo isso, estaremos fazendo a nossa parte como o maior defensor do meio agrícola no planeta, sem prejudicar nossos bravos agricultores e nossas exportações por uma causa em que os países mais poluidores pouco ou nada fazem por ela.
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