Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
30/11/2007 - 02h30

Menor na cadeia, IDH, ortotanásia, CPMF

da Folha Online

Menor na cela

"Quem tem 'debilidade mental'? Raimundo Benassuly, responsável pelas investigações sobre a prisão da menor que ficou em uma cela com 20 homens em Abaetetuba (PA), declarou que a adolescente poderia ser deficiente mental por não falado de sua menoridade. Acredito que a deficiência esteja em não querer admitir ou enxergar que a questão não é a idade, a virgindade ou qualquer outra classificação da garota. O questionamento é: o que se passou na complexa mente de algumas pessoas quando tomaram a decisão de prender uma mulher (qualquer 'tipo' de mulher) junto com homens? A loucura é o resultado da ausência de razão, e como ninguém consegue um motivo lógico para este episódio sinistro, recomendo tratamento psicológico para os culpados. Talvez uma temporada usando camisa-de-força, tomando tranqüilizante e conversando periodicamente com psicólogos."

ADAUTO JÚNIOR (Recife, PE)

*

"O delegado do Pará Raimundo Benalussy, ao afirmar que a adolescente presa em Abaetetuba tem retardamento mental, dá-nos plena certeza de que ele, o delegado, é retardado em potencial elevado."

CELSO DE ALENCAR (São Paulo, SP)

*

"É surpreendente as explicações das autoridades envolvidas no episódio. Um chama a vítima de deficiente mental, outra diz que, mesmo sabendo que a vítima ficaria em uma cela masculina, não poderia fazer nada, pois não é de sua competência essa avaliação.
E, por final, seguindo o modo PT de governar, vão demolir a prisão, assim como vão demolir a Fonte Nova, com o único objetivo de enterrar a incompetência de suas gestões."

IVONE DA CONCEIÇÃO (São Paulo, SP)

-

IDH

"As considerações teóricas acerca do risco de encanto gerado pelo IDH alto, escondendo a desigualdade no país, já foram feitas por especialistas.
A minha sugestão é prática: o presidente Lula deveria dar um passeio por Ceilândia, Vila Itapuã, Planaltina, Arapoanga, Recanto das Emas..., que estão bem pertinho do Palácio da Alvorada e dão vida real e tangível às palavras de Zigmunt Bauman: 'Compartilhar o estigma e a humilhação pública não irmana os sofredores; antes alimenta o escárnio, o desprezo e o ódio. Um gueto não é um viveiro de sentimentos comunitários. É, ao contrário, um laboratório de desintegração social, de atomização e de anomia'.
Saia do 'palácio', senhor presidente. O mundo real --com seus guetos-- está lá fora."

LILIANA HERTZRIKEN (São Paulo, SP)

-

Ortotanásia

"Com certeza, o juiz federal Roberto Luis Luchi Demo, da 14ª Vara Federal de Brasília, nunca, por felicidade, enfrentou com parentes próximos e queridos o problema da proximidade da morte em caráter irrevogável. Os sofrimentos, tanto do paciente como de seus familiares, são incomensuráveis. O paciente exposto a um final de vida degradante, que, quando lúcido, tem certeza de que não ficará por muito tempo no convívio digno desta vida. Os parentes, desesperados, sofrendo ao ver o sofrimento sem fim do ente querido. Os médicos, sem mais nada a fazer a não ser aguardar o momento do desenlace, ou continuar entubando, dando remédios fortíssimos para dor, como a morfina, deixando o paciente totalmente sem dignidade de vida, aguardando a morte. Isso é correto? Alguém gostaria de estar no lugar do doente e de sua família ou até do médico, que não é um Deus e impossibilitado de fazer mais do que já fez para tentar dar vida ao doente com dignidade?
O CRM, em resolução que vigorou por um ano, volta à estaca zero. Sou portadora de câncer de mama há 15 anos. Já passei por momentos desesperadores, onde cheguei a pedir a morte, mas não havia chegado a hora. Com ajuda de médicos competentes e tratamentos de última geração, estou escrevendo para esta coluna. Entretanto, em nenhum momento, apesar dos meus pedidos, o meu médico cogitou na ortotanásia, pois havia esperança de tratamento e de vida digna. Apesar de tudo, sou a favor da ortotanásia e acho que um juiz superior deveria caçar esta liminar que, a meu ver, é injusta."

CARMEN MARTINS FERREIRA (São Paulo, SP)

-

CPMF

"Lula, com os cofres abarrotados de dinheiro tirado dos bolsos dos trabalhadores brasileiros através da CPMF, usa esse mesmo dinheiro para comprar por qualquer preço a consciência de senadores venais e tentar conseguir que o infame tributo seja prorrogado. Isso depois de ter declarado que o governo não precisa da CPMF.
As ameaças feitas por seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que sem o tributo faltará dinheiro em 2008 para programas essenciais do governo, como o Bolsa Família e para a Saúde, não passa de terrorismo, pois o dinheiro existe, e com sobras nas mãos do governo, que não poderá se descuidar dos mesmos, especialmente em ano eleitoral."

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

-

Governo

"Em relação ao texto do senador Aloizio Mercadante 'Eles estão chegando' ('Tendências/Debates', 29/11), podemos notar o otimismo característico deste governo. Quem sabe a conclusão de que o aeroporto esteja parecendo uma rodoviária não seja porque os serviços prestados nos dois locais sejam equivalentes e sofríveis? Talvez este mesmo otimismo justifique a abstenção do senador na votação de cassação do presidente Renan."

EDUARDO DA ROSA BORGES (São Paulo, SP)

-

Sobrevivência

"Tem momentos que quero ficar quieto, mas não consigo me segurar. A charge do Angeli ilustra bem o que acontece no nosso país e aí vem a situação dizer que realmente há uma melhora pois muitos estão viajando de avião, enquanto uma enorme parcela da população não tem o que comer e não tem coisas mais importantes para a sobrevivência e vai ter que esperar 115 anos para ter acesso à rede de saneamento básico. Realmente é um absurdo."

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página