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22/12/2007 - 02h30

Masp, CPMF,

da Folha Online

Masp

"O Museu de Arte de São Paulo (Masp) é considerado um dos maiores e mais importantes museus de arte de todo o mundo. Mesmo assim aconteceu, na madrugada de 20/12, o furto de duas valiosíssimas obras do seu acervo.
Há tempos, larápios de obras de arte entraram no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, enquanto outros subtraíram fotografias, mapas, documentos e livros valiosos do Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty, da Biblioteca Nacional e do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, apenas para citar os casos mais divulgados e flagrantes. O que estaria acontecendo com a política cultural em nosso país? Não existe plano de segurança nos museus? O que tem feito a Polícia Federal diante de tantas ocorrências, inclusive de bens culturais tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, se já existe uma legislação punitiva para tais furtos?"

SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

*

"A imprensa brasileira é tendenciosa. No caso lamentável da menina de menor idade presa junto com os homens no Pará, ligaram o fato a governadora. Mas, no caso do furto ao Masp, o problema é da segurança no país. Em um ano, dois assaltos a museus e uma tentativa, tudo em São Paulo, e o governo paulista nem é citado. Pode-se acrescentar a isso a crise em Alagoas, permanente greve nos serviços públicos, inclusive na polícia, o nome do governador não é citado. Parece que a mídia partidariza a discussão: no caso do Pará a governadora é do PT, e, em São Paulo como em Alagoas, o governo é do PSDB. Em países desenvolvidos, a imprensa tem engajamento público em partidos e candidatura. No Brasil, a imprensa, que vive pregando a moralização na questão política, age de forma dissimulada e tendenciosa!"

EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)

*

"Todos nós ficamos revoltados com o roubo das duas obras do Masp. A revolta tem vários motivos. Revolta saber que o museu, com importância internacional e um patrimônio estimado em mais de US$ 1 bilhão, passa por uma crise financeira absurda, e que não é nova. Revolta saber que já em maio de 2006 o museu teve sua energia elétrica cortada por falta de pagamento. Revolta saber que não existe preocupação em se manter uma administração profissional do mesmo, estando a administração nas mãos de voluntários 'amigos do Masp', como o dr. Adib Jatene.
Nada contra o trabalho de tais pessoas, muito pelo contrário. O problema é que estas pessoas, por razões óbvias, não podem dedicar integralmente seu tempo ao museu, e seria necessária tal dedicação. Revolta saber que o custo de um sistema de segurança mais moderno seria de apenas 0,3% do valor das obras roubadas, e que o museu não dispunha deste valor em caixa para atualizar sua segurança.
Revolta saber que o roubo expõe as condições precárias dos nossos museus e, com isto, voltaremos a ficar de fora do circuito de exposições internacionais e empréstimos de obras. Afinal, quem teria coragem de se arriscar a emprestar?
Revolta saber que, de um orçamento de R$ 25,2 bilhões previsto para 2008, a prefeitura de São Paulo destinará provavelmente cerca de R$ 2 milhões (cerca de 1/50 ou 2% do valor das obras roubadas) para a manutenção do Museu; boa parte destes recursos proveniente de contribuições, ou seja, daqueles mesmos amigos voluntários do museu. Revolta ver que esta situação é reflexo do descaso com que se trata a educação e a cultura neste país. Mas faz sentido, afinal pessoas mais cultas e instruídas têm o péssimo hábito de questionar, em especial na hora do voto, não é mesmo?
Não lamento, por mais que possa parecer estranho, pelo valor em si das obras; até por ser um valor estimado e bastante contraditório. Poderiam valer menos ou mais, não me importa. Eu realmente lamento é o fato de que jamais as verei no original novamente. A obra mais marcante da transição de fase de Picasso. A obra seguramente mais conhecida de Portinari. E as gerações que virão não as verão.
O filho de Portinari acredita na hipótese de um pedido de resgate, uma vez que são obras muito conhecidas e quase impossível de serem comercializadas. Gostaria de ser tão otimista e acredito que seja mais provável que passem a mofar trancadas no cofre de algum milionário que as comprará no mercado negro e manterá em segredo, pelo simples prazer de as possuir. Adoraria que fosse um seqüestro, pois haveria alguma possibilidade de retorno das obras.
Sei que não adianta colocar tranca em casa arrombada, chorar sobre o leite derramado etc., mas espero, sinceramente, que o roubo sirva para que seja repensada a atual situação do museu e de tudo o que se relaciona com cultura, tão abandonada em nossa cidade e nosso país."

ENIO LUIZ FIGUEIREDO VEDOVELLO (São Paulo, SP)

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CPMF

"Nunca antes neste país se ouviu tanta estupidez acerca da extinta CPMF. Inicialmente, porque imposto não é fiscal de renda e, por fim, porque a CPMF jamais foi um imposto. Se o fosse, haveria bitributação, o que é vedado, ainda, neste país. Meus cumprimentos aos políticos que derrubaram esta 'coisa' e também àqueles que escrevem no 'Painel do Leitor' agradecendo por esta conquista da sociedade, ainda que ínfima. Aos selenitas que escrevem ou se manifestam contra o final da CPMF, recomendo que vão estudar um pouco antes de externarem sua ignorância, pois já cansou ter que lê-las e ver nos textos sempre a mesma ladaínha."

JOSÉ MAURÍCIO DE ALMEIDA (São Paulo, SP)

*

"A posição da oposição no Senado Federal mudou em uma semana. Antes, fizeram jogo de cena e conseguiram impedir a prorrogação da cobrança da CPMF. Foram contrários até a governadores como José Serra e Aécio, de partidos de oposição, que queriam a manutenção da cobrança. Agora aprovam a DRU. E o governo que eles combatem é autorizado a utilizar até 20% do orçamento federal sem maior controle. Dá para entender? São mesmo oposicionistas de palanque e gostam de aparecer na midia. É lamentável."

URIEL VILLAS BOAS (São Paulo, SP)

 
 

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