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27/03/2008 - 02h30

Trânsito, PT e PSDB, educação, professores, células-tronco

da Folha Online

Trânsito

"É evidente a opção por saídas coletivas para o trânsito nas grandes cidades globais. Londres conta com 11 linhas de metrô servindo a região central; Nova York busca a restrição do transporte individual através de medidas que diminuem a quantidade de táxis no centro; e até mesmo Buenos Aires deixa clara sua intenção de diminuir o número de automóveis no centro, através de sistemas de estacionamento e priorização de pedestres nas ruas.
Absurdamente, em São Paulo, vemos a prefeitura abrindo ruas do Centro ao tráfego de veículos e prometendo divulgar 'rotas alternativas', como se o aumento do número de carros em vias residenciais fosse uma saída plausível. É um absurdo urbanístico!
Não é assim que vamos melhorar o trânsito e a vida da população da metrópole. Enquanto não nos dermos conta de que andar de carro em São Paulo a uma média de 1,2 pessoas por veículo não faz bem à cidade vamos continuar esperando o poder público ter coragem de enfrentar essa tirania do transporte individual. O investimento no transporte coletivo é premente, e deve ser feito com participação da população, pois esta, sem dúvida, entende muito mais de trânsito e de 'coletividade' --leia-se no sentido mais 'pragmático' do termo, como vemos na superlotação dos ônibus e do metrô-- do que a prefeitura, que tem atuado de maneira pontual e restrita, sem dar conta da gravíssima crise de mobilidade vivida em São Paulo."

IGOR PANTOJA (São Paulo, SP)

*

"São Paulo caminha a passos rápidos para o colapso total no trânsito da cidade.
Essa percepção que é uma unanimidade só não é percebida pelas autoridades responsáveis, cuja única preocupação presente é com a sucessão municipal. Mal sabem que essa situação vai pesar decisivamente na hora das eleições.
Três providências devem minimizar bastante este problema e já deveriam estar numa fase bem mais adiantada.
1) Implantação do pedágio urbano, cuja receita deveria ser vinculada à aplicação total em obras do metrô.
2) Instituição do sistema obrigatório de inspeção de segurança veicular. Esta medida tiraria de circulação mais de 1 milhão de veículos que não têm a menor condição de transitar pela cidade.
3) Proibição da entrada dos caminhões que atravessam a cidade na hora do rush para se dirigir a outros locais. Que o façam somente à noite. Esta medida traria uma melhora sensível no tráfego de importantes avenidas como a Bandeirantes e poderia ser implantada a curtíssimo prazo."

LUIZ RODOLPHO DE CAMPOS (São Paulo, SP)

*

"O metrô é um sonho impossível, pois é muito caro; o serviço de corredores provou que não é eficiente; o Fura-Fila é um projeto faraônico que deu numa linha de ônibus.
Só existe uma solução rápida e viável financeiramente: uma extensa rede de bondes modernos, 'Tram', transporte de superfície, ocupando parte das avenidas da cidade e conectando todos os bairros. Não custa nada perguntar a alguns destes fabricantes de bondes, como Alsthon, Siemens e outros, suas opiniões, pois são conhecedores de transporte público em todo o mundo."

FRANCESC PETIT (São Paulo, SP)

*

"A reportagem do caderno Cotidiano de 24/3 diz que 'Lentidão afasta usuário de carro do ônibus'.
Mas a imagem na foto é clara: o problema é a lentidão, a qualidade do transporte, a falta de conforto, a lotação para lá de máxima, a educação (ou falta dela) dos motoristas e cobradores.
E ainda tem o selo na porta: 'Este veículo só partirá com as portas fechadas'; uma ironia sem fim.
A usuária Ana Maria Santana foi clara: 'vem lotado, não dá para entrar'.
Fui usuária de ônibus em São Paulo de 1980 até 1994 e já não dava para entrar; a ironia e a falta de respeito com a população parecem piorar com o tempo."

SANDRA MELO GOMES MORAES (Sorocaba, SP)

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PT e PSDB

"Mesmo tendo a certeza de que o PT e o PSDB são como a água e o óleo, jamais se misturarão, os asseclas de ambos os lados tentam se fazer de companheiros e, sob interesses escusos, falam em unir Aécio em Minas Gerais e Serra/Alckmin em São Paulo ao PT/PMDB. Será que a oposição é tão ingênua que não vê que a manobra astuta do governo é justamente promover a desunião com vistas a 2010?"

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

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Educação

"A compra, por parte de algumas redes públicas de ensino, de sistemas apostilados da rede particular não prejudica apenas a formação humanista pelo fato de haver a massificação do ensino, como entendem alguns especialistas ( *Cotidiano, 25/3).
O que mais me chama a atenção, além do fato de estas redes particulares enxergarem a educação apenas como uma prestação de serviços e não como um direito social das pessoas --corroborando com a visão dos especialistas ouvidos--, é o fato de ser usado dinheiro público para financiar entidades privadas na compra deste material, não raro, de qualidade duvidosa.
É imperativo que se garanta aos nossos alunos o direito de aprender, mas é necessário também que o dinheiro público seja investido na escola pública."

FÁBIO MANCASTROPE (Taubaté, SP)

*

"O artigo 'O direito de aprender', de Marie-Pierre Poirier ('Tendências/Debates', 25/3), é um valioso contraponto para as políticas educacionais que estão sendo implementadas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Em vez da premiação com bônus financeiro para diretores, professores e funcionários de escolas com base especialmente em exames estaduais como o Saresp, o que apenas incentiva o espírito competitivo nas escolas públicas, e no lugar de materiais apostilados aula a aula (os 'jornais do aluno'), que amordaçam o professor, o artigo sugere medidas sensatas e eficazes (como mostram os resultados anunciados no estudo 'Redes de Aprendizagem', citado pela autora), dentre elas: autonomia da escola para o seu planejamento, 'realizado de maneira coletiva e solidária'; uma avaliação 'contínua e cuidadosa'; e a 'valorização criativa da leitura como pedra fundamental do saber'. Estas práticas por si garantiram bons índices de aprovação em redes públicas de ensino localizadas em todas as regiões do país e a obtenção de resultados acima da média nacional na aprendizagem de leitura e matemática. Que tal olharmos para o que já existe e que tem dado certo?"

CRISTIANE MARIA CORNELIA GOTTSCHALK (Cotia, SP)

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Professores

"O governo do Estado afirma que neste mês de março pagou a diferença do bônus para todos os professores da rede oficial de ensino. Só que muitos professores numa mesma escola e com situação semelhante ganharam valores extremamente diferentes.
Em alguns casos, professores que faltaram muito receberam bônus, enquanto professores que faltaram duas vezes no ano não receberam nem satisfação do Estado.
A falta de transparência e de coerência no pagamento do bônus trouxe muita insatisfação ao magistério. E alguns professores, que nunca faltavam, passaram a faltar por se sentirem injustiçados com essas medidas.
E, infelizmente, o governo reafirma ser o bônus a sua política salarial. Nós, educadores, nos sentimos desrespeitados por esses projetos que caem em nossa cabeça a cada governo.
Os professores que realmente sabem o que estão fazendo dentro da escola pública sentem-se desrespeitados pelo autoritarismo da atual secretária da Educação. Apesar de querer a melhoria da educação, o governo nos trata como professor autoritário, que entra na sala de aula e professa matéria, considerando o educador uma tabula rasa."

MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA (São Paulo, SP)

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Células-tronco

"Os que bradam com o velho intuito de emperrar as evoluções necessárias e óbvias, que condizem com mutação dos costumes sociais e com o avanço científico, nada mais fazem do que reproduzir, com seus atos e discursos, as dificuldades históricas que sempre surgiram por parte dos conservadores moralistas e obscurantistas diante de qualquer mudança por se encontrarem desde sempre apegados a dogmas e preconceitos medievais, desprovidos de razão e lógica e que, mais cedo ou mais tarde, serão demolidos por se tratarem de pensamentos obsoletos."

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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PET

"Parabenizo a Folha pelo editorial 'Do Pet ao Pet' ( Opinião, 22/3). A iniciativa da Anvisa é considerada positiva pela indústria do PET e, sem dúvida nenhuma, contribuirá para os esforços já realizados pelo setor, desde 1994, para promover a reciclagem do produto no Brasil.
Essas ações desenvolvidas pelas empresas foras as responsáveis por posicionar o Brasil entre os líderes mundiais de reciclagem do PET, cujo índice cresce a taxas de dois dígitos a cada ano. De 1994 a 2006, a destinação adequada das embalagens aumentou 14 vezes, muito acima do crescimento verificado na fabricação de embalagens novas, que aumentou quatro vezes no mesmo período.
O desafio, a partir de agora, é atacar o principal gargalo que impede o aumento ainda maior da reciclagem do PET: a adoção de políticas eficazes por parte do poder público que incentivem a coleta seletiva para que as embalagens usadas tenham destinação adequada e possam ser reutilizadas pela indústria."

ALFREDO SETTE, presidente da Abipet - Associação Brasileira da Indústria do PET (São Paulo, SP)

 
 

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