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12/05/2008 - 02h30

Trânsito, Dilma Rousseff, Marcha da Maconha, Artur da Távola

da Folha Online

Trânsito

"A grande crise que as nossas maiores megalópoles, São Paulo e Rio, estão vivendo onde o trânsito caótico e a violência urbana pontificam é emblemático de que algo está errado em nosso processo de desenvolvimento. Mostra essa realidade que algo tem de ser feito para estancar esse estado de guerra civil em que vivemos. Urge assim que uma competente política estratégica de gestão pública em nossas maiores cidades seja operacionalizada para estancar esse estado caótico de coisas. Isso nós temos chance de agora, nas próximas eleições, de ajudar a ocorrer, escolhendo os mais preparados prefeitos para essas duas nossas principais cidades."

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Ribeirão Preto, SP)

*

"Nós paulistanos, no passado, elegemos os candidatos com propostas para o carro, minhocões, avenidas, viadutos. Tudo reluzia para que cada dia mais ficássemos no nosso individualismo dentro de nossos carros.
Assim ficou boa parte na sexta, 9/5 _parados por horas naquilo que vem sendo anunciado. A cidade entrou em colapso devido ao excesso de veículos. As soluções estão com as autoridades e também com todos nós. Somos tão responsáveis quanto eles. Votar é isso, ser responsável pelo poder que outorgamos. Vamos ter que pensar bem em nosso voto em outubro e cobrar muito de quem for eleito."

FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

*

"São Paulo acaba de bater um recorde, provavelmente, mundial: 266 km de engarrafamento. Outras cidades brasileiras caminham nessa direção. Questão de tempo. Soluções apontadas como rodízio de carros, automóvel solidário, controle de ônibus, horário para caminhões, ampliação do metrô, uso de bicicleta etc. deixam a pergunta: e a indústria automobilística vai continuar batendo recordes na produção?"

ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

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Dilma Rousseff

"Ao menos uma coisa foi esclarecida com o depoimento da ministra Dilma Roussef no Senado: nem a jogada de marketing mudando o nome de PFL para Democratas é capaz de mudar a realidade desse partido, cujo berço é a velha Arena. Enfim, o partido que dizia "sim senhor" à ditadura militar. De democratas senhores como o senador Agripino e outros ex-pefelistas não têm nada.
Agora que a máscara caiu, falta lembrar uma coisa: o acesso de transparência póstuma do governo FHC na questão dos cartões corporativos e o "olho por olho, dente por dente" que o governo Lula tenta impor ao seu antecessor não apaga o descompromisso dos dois governos com o livre acesso dos cidadãos às informações. Se fosse realmente transparente, FHC não teria assinado, às vésperas de deixar a Presidência, um decreto restringindo a abertura de documentos sigilosos do governo, dobrando alguns prazos para a abertura dos mesmos ou criando o sigilo eterno para outros. Se fosse realmente transparente, Lula teria derrubado o decreto do FHC no dia em que tomou posse. Cinco anos se passaram e nada.
Enquanto governo e oposição brincam de transparência com relação à compra de supérfluos, documentos muito mais importantes que a nota fiscal do caviar ou da tapioca continuam protegidos por um sigilo inaceitável."

FÁBIO ALVES SILVEIRA (Londrina, PR)

*

"A ministra petista Dilma Roussef, ao mencionar que foi torturada, em resposta a um dos senadores que a inquiriam na CPI dos cartões corporativos, traz a lembrança de que a Guerra Fria ocasionou em nosso país o golpe anticomunista de 1964 (ou será que alguém, hoje, ainda acredita nessa falsificação histórica e risível de que o golpe foi obra do golpismo local e folclórico da UDN, ignorando até o fato de que os generais anticomunistas que se sucederam durante a ditadura não só não eram políticos profissionais, como nutriam, e com razão, enorme aversão pelos políticos profissionais brasileiros?).
A resposta da ministra Dilma, sinceramente, até parece bravata, ao ignorar que está para nascer ser humano que resista ás bárbaras violências físicas e psicológicas, típicas dos interrogatórios políticos da Guerra Fria. Ela parece ignorar também que "segredo só não conta quem não sabe", razão pela qual as redes terroristas-guerrilheiras da época, já então obedeciam, ao conceito militar, pelo qual se um dos respectivos aparelhos, pontos ou nós vier a cair, a eficiência da rede terrorista-guerrilheira como um todo não é afetada."

FERNANDO SALINAS LACORTE (Rio de Janeiro, RJ)

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Marcha da Maconha

"A seção Tendências/Debates de sábado, 10/5, foi particularmente distinta. De um lado, um ferrenho defensor da liberdade de expressão, o ilustre professor Roberto Delmato, cujo artigo traz uma abordagem mais abstrata da proibição da Marcha da Maconha em algumas capitais do país. Seu texto serve, portanto, mais para o átrio doutrinário do que para o caso concreto. De outro, o doutor Souza Rossini, com uma análise extremamente concreta e logo aplicável à situação. Apesar disso, ambos são potencialmente convincentes.
O fato é que nenhuma liberdade é absoluta, como bem explicita a nossa própria e louvável Constituição. Para expressar o pensamento, por exemplo, é preciso identificação. Para reunir-se, da mesma forma, exige-se comunicação prévia à autoridade competente para garantir a segurança da reunião. Exigências que não foram observadas pelos idealizadores da marcha, que tramavam tudo à revelia da lei. O próprio nome do movimento, como destacou Rossini, sofre de contraditória impropriedade.
A proibição do Judiciário não reflete, assim, qualquer arbitrariedade restritiva de direito nem impede uma discussão legítima --e inclusive necessária-- sobre a descriminalização da droga. Antes disso, assegura o imperativo de que seja pago o preço por um real Estado democrático de Direito, em prol do interesse da coletividade."

EDVANILSON DE ARAÚJO LIMA (Goiânia, GO)

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Artur da Távola

"A perda do senador Artur da Távola revela uma dura realidade: a carência de lideranças políticas cariocas. Não obstante o carisma do bispo e cantor evangélico Marcelo Crivella, quanta diferença o separa de nomes como Darcy Ribeiro, Abreu Sodré, Quintino Bocaiúva. A reflexão só faz aumentar o pesar do luto.
Sinceros pêsames aos familiares.

PLINIO TEMBA (Belo Horizonte, MG)

 
 

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