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20/10/2008 - 02h30

Seqüestro, Polícias, Médicos

da Folha Online

Seqüestro

"Se houvesse uma cartilha sobre como agir em caso de seqüestro, o ocorrido teria preciosos exemplos de 'o que não fazer em casos de seqüestro'. Realmente, foi uma amostra do despreparo de nossa polícia tupiniquim. Melhor seria termos a Turma do Didi com suas trapalhadas para cuidar do caso. Pelo menos, com eles, ninguém morre."

MIRIAM MIRON DE GEA (Campinas, SP)

*

"Antes mesmo de se completarem 24 horas do seqüestro em Santo André, a polícia deveria ter abatido o auxiliar de produção e seqüestrador Lindemberg. Além de ameaçar as reféns, ele atirou em direção da própria polícia e dos jornalistas. O que mais faltava para os 'melhores e mais preparados policiais da América Latina' para agir?
Não importa se o seqüestrador era primário e estava desiludido. Alguém que tem ações como essas está pondo várias vidas inocentes em risco.
Mas o histórico de ações desastrosas também sinalizava contra um fim pacífico, visto que, desde 1990, no caso da professora Adriana Caringe, a polícia toma, quando toma, atitudes confusas. Segundo a própria polícia, confirmada pelo vídeo da negociação, nas últimas horas o seqüestrador estava entrando em depressão e já dizendo que tudo ia acabar e 'muitas pessosas iriam chorar'.
Pergunto: por quantas vezes tiveram o seqüestrador no alvo? Por que nada foi feito? O Gate se inspira na Swat, mas lembra o CQC..."

MARCELO MANFIO (Itatiba, SP)

*

"O trágico final para o seqüestro em Santo André levantou muitas dúvidas sobre a atuação da PM. Porém, um ponto até agora não mencionado me chama a atenção. Não só nesse caso, mas em muitos outros, inclusive no também trágico desfecho do ônibus 174, o que me intriga é a não-utilização dos atiradores de elite. Citando apenas os dois casos, Santo André e linha 174, em mais de uma ocasião o seqüestrador se expôs, sem apontar a arma diretamente para o refém, em plenas e seguras condições de tiro. Os policiais são exaustivamente treinados e muito bem equipados para a função de atirador, porém raramente utilizados. Nossas polícias parecem temer algum tipo de reação negativa ao uso dos atiradores. Acho que isso deve acabar, pois se nos dois casos citados foi descartada a atuação dos atiradores, então quando esses homens tão bem treinados e equipados entrarão em ação?"

JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)

*

"Copiando a antiga incompetência do Bope no Rio de Janeiro (caso do ônibus 174), em São Paulo o Gate elegeu como prioridade máxima em Santo André a preservação da vida de um seqüestrador 'humilde trabalhador'. Afinal, graças à (inescrupulosa) ação da imprensa no caso, o 'pobre rapaz' tornara-se uma celebridade nacional. Como ensina qualquer manual básico específico, nos eventos criminosos em que a vida de reféns está ameaçada, a melhor política policial é a negociação paciente (porém não eterna) de uma autoridade com o bandido. Por outro lado, também é elementar que, tão logo fique evidenciada a insensatez ou mesmo traços de demência no autor do delito, sendo inviável a sua aniquilação moral, passa a ser necessária mesmo a sua eliminação física (sua morte). A menina Eloá, que, com 12 anos começou a namorar quem não devia, pagou muito caro pela demagogia barata dos 'experts' paulistas em 'situações de risco'."

JORGE JOÃO BURUNZUZIAN (São Paulo, SP)

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Polícias

"Tenho uma sugestão para o governador José Serra encerrar a greve dos policiais civis. Por que o senhor governador não reduz o seu salário e os do vice-governador, secretários e assessores pela metade? Aposto que uma boa economizada financeira em sua equipe ajudaria a melhorar os salários dos policiais civis e deixaria José Serra em uma situação melhor com a população."

GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)

*

"Atualmente, penso que minha profissão, sou professor, tem algo em comum com a de policial: somos categorias em que aqueles com quem trabalhamos não querem que o façamos e aqueles que nos pagam para fazê-lo não nos respeitam. A grande diferença, entre nós, professores, e eles, policiais, é que eles andam armados. Assistindo aos últimos acontecimentos, cheguei definitivamente à conclusão de que isso realmente faz uma grande diferença."

UBIRATAN MORENO SOARES (Santos, SP)

*

"Como sobrevivente das manifestações estudantis da década de 1970, me diverti muitíssimo com o confronto das polícias. Eles, que batiam na gente, estavam se batendo uns nos outros. Foi o máximo! E o melhor foi quando o Choque recuou! O Choque nunca recua quando se trata de espancar professoras ou estudantes, não é mesmo?
Agora, há uma questão no ar, que não foi formulada por ninguém da imprensa: qual seria o motivo de se proibir manifestações nas imediações do Palácio dos Bandeirantes numa democracia (ou 'democracia')? Por falar em democracia, é democrático um governo que não negocia com grevistas? Ou um governo que reconhece o direito de greve do funcionalismo público apenas no papel? São questões não discutidas e que não querem calar.
E mais: ninguém vai se responsabilizar pelo ocorrido? E como ficaram os cidadãos enquanto aquele montão de policiais se reunia para trocar socos e pontapés? Ah, mas para essa tem resposta: os cidadãos ficaram desprotegidos, como sempre."

MONICA BAPTISTA CIARI (Ubatuba, SP)

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Médicos

"O dr. Miguel Srougi, ao publicar pelo segundo ano consecutivo o mesmo tema, ou seja, sobre a tristeza e a infelicidade do médico ('Tendências/Debates', 18/10/07 e 17/10/08), aponta, talvez, para a existência de um sintoma sinalizando uma doença no médico. Com 30 anos de formado em medicina, tenho procurado dentro do próprio médico as possíveis causa para o problema, porque, além de triste e infeliz, o médico também está exaurido de qualquer energia para lutar em prol de suas causas. O médico é levado a trabalhar com mentiras e convicções. É um repetidor de conceitos. Esse quadro o deixa suscetível a neuroses. O neurótico tem dificuldades de explosão e de alegria. O neurótico não ajuda a si mesmo. E a cura da 'neurose médica' pode não ser desejada por grupos de grande poder econômico e político. A situação do médico brasileiro e dos demais médicos de todo o mundo é intrigante."

EDSON RECEDIVE BORGES (Belo Horizonte, MG)

 
 

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