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26/10/2008 - 02h30

Seqüestro, polícia, crise, eleição, livros, cloro na água

da Folha Online

Seqüestro

"O caso envolvendo a adolescente Eloá Pimentel, no ABC paulista, levou o país a debater o preparo da nossa polícia, seja ela paulista, fluminense, capixaba, gaúcha. O episódio ocorrido em São Paulo originou uma saraivada de opiniões manifestadas pelos mais diferentes especialistas. Psicólogos, policiais aposentados, experts em ações táticas. Muito se falou. O que ocorreu em Santo André não difere nem um milímetro sequer do fato acontecido no Rio de Janeiro, no início da década. O seqüestro do ônibus 174 mobilizou a polícia carioca por mais de dez longas horas e acabou tendo um desfecho trágico. A saga do menino de rua Sandro do Nascimento acabou servindo para inspirar um longa que acaba de entrar em cartaz no cinema. Que a polícia brasileira, de um modo geral, carece de um preparo maior, de mais investimentos, não resta dúvidas. O aparelho policial brasileiro sempre esteve associado ao Estado e continua a servi-lo, o que o torna refém de uma forte influência política, que compromete o seu desempenho em momentos de crise. Faltou poder de decisão. A polícia hesitou. Cinco dias são 120 horas, um tempo demasiadamente extenso para solucionar um caso que tinha o agravante do imponderável. Que a morte da jovem Eloá sirva de exemplo para futuras ações do gênero. Que o gesto de solidariedade demonstrado por sua família, que resolveu doar os órgãos da adolescente, em que pese estar ainda sob os efeitos da dor, sirva de exemplo para que as pessoas não precisem mais amargar anos de espera na fila de transplantes em busca de um órgão que pode salvá-las da morte. Botar Lindemberg ao vivo, por telefone, para narrar sua desventura amorosa numa emissora de rádio ou TV, me parece fora de propósito. Soa como incentivo, troféu dado a quem deixou o anonimato, mesmo que por apenas 120 horas."

RENATO HOMEM (Rio de Janeiro, RJ)

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Polícia

"Se o problema do governador é o dinheiro, que não dá em árvore, para pagar os policiais civis, é só leiloar algumas empresas públicas do Estado. Pronto, resolvido o problema social e mais uma etapa da política tucana."

HILTON ELLERY GIRÃO BARROSO (Bragança Paulista, SP)

*

"A greve dos policiais, assim como de outras tantas categorias de servidores públicos paulistas, quase sempre, legítimas, costuma trazer dores de cabeça aos governantes, que sempre adiam direitos dos funcionários, levando-os a recorrer à greve. Por falta de diálogo entre as partes, os sindicalistas ligados à CUT colocam-se como 'defensores dos pobres e oprimidos' desde que o governo seja um partido de oposição. Sem querer entrar no mérito da discussão partidária e para evitar que a Avenida Paulista, seja transformada num palco de manifestações, os governos deveriam respeitar as datas de todas as categorias. Como isso não tem acontecido, a greve tem sido o caminho, quando o impasse. Gostaria de sugerir a todos os funcionários não atendidos em suas reivindicações, que procurassem na Assembléia Legislativa, os deputados estaduais, pois cabe a eles interferirem e ajudarem nas negociações. Os deputados são os representantes do povo, eles fazem as leis e sabem quando as reivindicações são justas. Os grevistas devem levar a imprensa, pois diante dois holofotes nenhum parlamentar quer ficar feio na foto. Em breve veremos os deputados aumentando seus salários sem greve e sem alarde. Sejamos, pois coerentes."

IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

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Crise

"O governo brasileiro baixou medida provisória para auxílio financeiro a bancos, instituições financeiras em geral e outras empresas, por meio do Banco do Brasil e da CEF. Lembro-me de uma reportagem da Folha, no ano passado, sobre o estado de quase insolvência da Varig, que sempre foi uma empresa importante para o Brasil, por sua imagem no exterior e pela excelência dos serviços prestados, além de ser concessionária de um serviço público federal (transporte aéreo). Nessa reportagem, que era encimada por uma foto em que apareciam Lula, o presidente e o vice-presidente da Gol, no gabinete presidencial, constava que ele havia pedido àqueles empresários que 'salvassem a Varig'. Com efeito, a Gol comprou parte da Varig, mas parece que não a 'salvou' de nada, eliminando seus vôos internacionais e transformando-a numa empresinha insignificante, com o que se criou o atual duopólio aéreo deficiente em que o país está mergulhado. Na época, houve clamores da sociedade no sentido de que o governo ajudasse a Varig, mas os economistas neoliberais de sempre conclamaram Lula a não ajudar a Varig, com aquela cantilena surrada de que governo não deve ajudar empresas em crise etc., e, de fato, nenhuma ajuda governamental ocorreu. Agora, aplaudem as novas medidas governamentais. É uma pena (para dizer o mínimo) que o neoliberalismo tenha levado o Brasil e muitos outros países a essa situação, em que o capital financeiro é auxiliado, fortalecido (mesmo quando arruinou a si próprio), enquanto a tal 'economia real' sofre por falta de crédito, juros altíssimos, queda de preço de seus produtos e desemprego em massa. Como são poderosos os bancos, no mundo inteiro!"

CARLOS FREDERICO COELHO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

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Eleição

"Sou apenas um estudante da cidade de São Paulo, tenho 17 anos e não entendo praticamente nada sobre política, minha ignorância nesse assunto é grande. Mas gostaria apenas que os candidatos se preocupassem mais com o que vão fazer e menos com o que fizeram. Não quero saber o que Kassab fez em sua gestão anterior nem o que Marta fez na sua (quando por sinal nem sabia o que eram as eleições). Me interessa o que pretendem fazer se forem eleitos, quais são suas propostas e como irão fazê-las. Na propaganda eleitoral no programa da Marta ouvimos mais o nome de Kassab do que da própria, vemos mais trechos do programa do adversário do que dela mesma, ao invés de mostrar o que pretende fazer Marta fica mais preocupada em mostrar o que o outro candidato fez ou não fez. Enquanto isso Kassab fica no mesmo 'antes não tinha, agora tem'. Só quero aqui demonstrar que gostaria que a preocupação dos candidatos fosse como vai ser a cidade e não como foi."

FERNANDO PAES LOPES (São Paulo, SP)

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"Lula, com a espontânea proteção financeira às montadoras, garanta a eleição de Luiz Marinho em São Bernardo do Campo. Temos o maior número de montadoras do mundo e isto gera um grande problema: as nossas ruas e rodovias não se adequaram à quantidade de veículos, daí ter-se o veículo e não poder circular regularmente, seja pelas ruas entulhadas ou pisos esburacados pela falta de manutenção. Mas o que importa é que, finalmente, a Prefeitura de SBC será do PT, o resto que se dane!"

HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

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Livros

"Poucos são os autores que me emocionam literalmente. Carlos Heitor Cony é um destes. Seja nas páginas impressas da Folha, seja nas de seus livros, Cony, no trocadilho, impressiona. E nesta sexta-feira, ao abordar mais um prenúncio da substituição do livro impresso pelo digital, o intelectual nos brindou com mais uma de suas preciosidades. Não se preocupe, Cony: assim como o vinil eterniza a boa música, o livro impresso registra o pensamento da alma, e você, simboliza o que há de melhor, hoje, na nossa literatura."

CLÁUDIO MESSIAS (Assis, SP)

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Educação

"Brilhante o texto de Cláudio Guimarães dos Santos ('Tendências/Debates', 24/10). A abordagem saiu sutilmente do tema educação e nos remeteu ao nosso atual sofrimento como seres humanos _o quão manipulados somos. Participo das indignações do articulista, mas talvez estejamos vivendo um momento histórico com essa crise financeira que varre o mundo e principalmente a doutrina liberal, para que mudanças aconteçam e façam nós seres humanos mais humanos, deixando a atual virtualidade e os derivativos como obras inconclusas e mal-sucedidas."

HÉLIO TOMAZ DE AQUINO (São Paulo, SP)

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Cloro na água

"Com relação à reportagem 'Ex-classe média, mulher chega à favela para fugir do marido', veiculada no último dia 22, em que a moradora do Jardim Paraná, dona Filomena Inácia, sugere excesso de cloro na água da Sabesp, cumpre-nos esclarecer o seguinte: No dia posterior à publicação da reportagem, a empresa enviou técnicos para a realização de testes no local. Os resultados do parâmetro Cloro Residual Livre, referentes ao setor de abastecimento da região, encontram-se dentro dos padrões estabelecidos pela Portaria MS 518/2004, do Ministério da Saúde. Vale destacar que a Sabesp controla a qualidade da água em todo o sistema de abastecimento, desde os mananciais até o cavalete do imóvel do cliente, por meio de coletas sistemáticas de amostras e realização de ensaios laboratoriais, em atendimento à referida portaria."

LOENARDO CORRÊA, Superintendência de Comunicação - Sabesp (São Paulo, SP)

 
 

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